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19/Nov/2025

Brasil: dados sinalizam perda de ritmo da economia

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de setembro, divulgado na segunda-feira (17/11), confirmou a perda gradual de impulso da economia brasileira. Os dados do indicador mostraram queda na atividade industrial, e os serviços, embora ainda cresçam, dão sinais de acomodação. A leitura reforça a expectativa de um Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre fraco, embora ainda positivo, sustentado pelo mercado de trabalho e pela agropecuária, enquanto setores ligados ao crédito sentem mais a alta de juros. O IBC-Br de setembro recuou 0,24% ante agosto, pior que a mediana de -0,10% das projeções dos economistas. Ante setembro de 2024, houve alta de 1,98%. No acumulado de janeiro a setembro, a atividade medida pelo IBC-Br ainda avança 2,55%. Excluindo o efeito do agronegócio, o índice recuou 0,37% no mês e sobe 1,79% no ano.

O agro cresceu 1,51% em setembro e acumula alta de 14,21% em nove meses. Os serviços cederam 0,09% ante agosto, mas sobem 1,80% em 12 meses; a indústria caiu 0,66% no mês, mas tem alta de 2,09% no ano. Segundo a BGC Liquidez, a resiliência do setor de serviços e da atividade econômica na comparação anual faz o DI abrir (com viés de alta) no início do pregão, reagindo à sinalização do IBC-Br de que a vida do Banco Central para alcançar a meta de 3% no horizonte relevante não será fácil. Para o ASA, embora o PIB do terceiro trimestre ainda deva fechar no campo positivo, o ritmo é compatível com uma economia em desaceleração gradual. O PicPay ressalta que o movimento indica que a economia voltou a operar em ritmo mais moderado no fim do terceiro trimestre, sem consolidar a recuperação iniciada no mês anterior, destacando a combinação de indústria e serviços em acomodação, com o agro ainda "volátil".

A XP Investimentos concorda que o índice reforça a desaceleração, mas pondera que não vê um recuo do PIB no terceiro trimestre, há desvios no IBC-Br que devem ser levados em consideração. Mas, ambos devem confirmar a desaceleração econômica, principalmente nos setores ligados ao crédito. O recuo de 0,9% do IBC-Br no trimestre passado foi a primeira contração trimestral desde 2023. Para o BTG Pactual, a queda de setembro do IBC-Br "veio dentro do esperado", e reforça a expectativa de crescimento próximo de zero neste segundo semestre, o que abre espaço para cortes na Selic já em janeiro. Porém, se tiver uma surpresa inesperada no câmbio, o Banco Central terá de abortar o ciclo de queda. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.