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19/Nov/2025

COP30: discussão de indicadores e financiamento

Representantes dos Países Menos Desenvolvidos (LDCs) reivindicaram nesta terça-feira (18/11) que a discussão sobre quais são os indicadores e métricas de adaptação caminhe junto com uma decisão sobre financiamento. O tema dos indicadores foi um dos que travaram a agenda de negociação da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) na semana passada. Trata-se de um grupo de 44 países que estão entre os mais pobres e vulneráveis e um dos grupos que menos contribuiu para a crise climática, afirmou a sudanesa Lina Yassin, pesquisadora de política climática baseada em Londres. “Sem um pacote completo de adaptação que inclua os indicadores, mas também dinheiro, tudo o que estamos discutindo aqui será simbólico. Voltaremos para casa e nada mudará”, afirmou Yasin. Na semana passada, um dos avanços indicados por especialistas foi o fato de os países desenvolvidos terem concordado em triplicar os recursos para adaptação.

Esta não é uma proposta nova. Foi feita em Bonn (na reunião preparatória para a COP30). Embora a proposta tenha voltado à mesa, não houve apoio suficiente para ela. É isso que está sendo pedido aos parceiros doadores, que sinalizem nos próximos dias. “Ficamos muito motivados em vir a Belém porque ouvimos a presidência da COP dizer que essa é uma COP para a implementação, adaptação. E o que queremos ver é uma mudança nas vidas de nossas comunidades”, afirmou Aichetou Seck, consultora em diplomacia climática do Senegal. Ela afirmou que um relatório sobre adaptação mostrou que a necessidade dos países em desenvolvimento é 12 vezes maior do que os atuais fluxos internacionais para adaptação. “Portanto, não queremos ficar aqui discutindo sobre números, porque eles continuarão a aumentar se não fizermos nada. Fizemos esse apelo de pelo menos triplicar o financiamento para adaptação e esperamos muito que vejamos um grande resultado disso”, disse Seck.

Lina Yassin argumentou que uma COP bem-sucedida deve ser uma COP de financiamento para adaptação, um pacote abrangente: indicadores, apoio para capacitação, mas também financiamento. “A grande questão aqui é que nem um único elemento do pacote de adaptação será suficiente. Precisa ser um pacote abrangente e, caso contrário, estamos apenas tendo palavras, belas palavras”, afirmou. Estudo da multinacional Systemiq, que trabalha com a integração de soluções para a transição para uma economia de baixo carbono, reforçou que é preciso multiplicar por mais de dez vezes o investimento em adaptação. Segundo a Systemig para América Latina, o levantamento mostrou que os países desenvolvidos destinam anualmente algo entre US$ 25 bilhões e US$ 30 bilhões a esse tema. O estudo mostrou uma necessidade de US$ 350 bilhões. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.