19/Nov/2025
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, visitou nesta terça-feira (18/11) a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA), no Pará, durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30). A região é referência na implantação de sistemas agroflorestais estruturados por imigrantes japoneses e que se tornaram um exemplo de uso sustentável da terra na Amazônia. Nos sistemas visitados, o ministro conheceu o modelo que integra dendê, cacau, açaí, pimenta, cana-de-açúcar e outras culturas amazônicas em uma mesma área, formando uma floresta cultivada capaz de gerar renda e conservar o ambiente. A iniciativa é considerada uma das experiências mais bem-sucedidas do País na recuperação produtiva de áreas degradadas. A comitiva também visitou o complexo industrial da cooperativa, que processa frutas para a produção de polpas, sorvetes e panificados destinados ao mercado interno e às exportações para países como Japão e Alemanha.
Para Fávaro, o trabalho realizado em Tomé-Açu demonstra que é possível produzir em harmonia com a floresta e aponta caminhos para ampliar modelos sustentáveis em toda a região amazônica. A CAMTA trabalha há mais de 50 anos com sistemas agroflorestais, utilizando tecnologias desenvolvidas pela Embrapa, pela cooperativa e por outros parceiros. Produz mais de 1,6 mil toneladas de dendê por ano e, no sistema agroflorestal, são 50 hectares, sendo cerca de 10 hectares já produtivos em expansão. Referência nacional em produção integrada à floresta, Tomé-Açu consolidou ao longo das últimas décadas um modelo agroflorestal que combina espécies de diferentes ciclos e gera renda contínua aos produtores. A região destaca-se pela diversidade produtiva, com cultivos como cacau, açaí, cupuaçu, pimenta-do-reino, banana e seringueira crescendo no mesmo ambiente, em arranjos que fortalecem o solo e mantêm a floresta em pé. O sistema, construído a partir da experiência de agricultores locais e do intercâmbio com descendentes de imigrantes japoneses, se tornou exemplo de sustentabilidade e resiliência econômica.
Com apoio da Embrapa e da CAMTA, os produtores adotaram técnicas que aumentaram a produtividade, reduziram a pressão sobre novas áreas e transformaram Tomé-Açu em vitrine de inovação para a agricultura amazônica. A comitiva também realizou uma visita a um dos frigoríficos da Mercúrio Alimentos, em Castanhal. A unidade é dedicada ao abate e processamento de bovinos, desempenhando papel relevante na expansão produtiva da empresa e no fortalecimento das exportações de carne bovina do Pará. Segundo o ministro Fávaro, a visita, que contou com a presença da diretora-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), Emmanuelle Soubeyran, foi uma oportunidade para demonstrar a excelência sanitária e produtiva do setor. A visita foi uma oportunidade de mostrar a capacidade e a qualidade do rebanho brasileiro e do processo de abate no Pará. A Mercúrio é uma referência, uma das carnes mais valorizadas do Brasil no exterior. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.