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18/Nov/2025

Dólar em alta acompanhando movimento externo

O dólar fechou esta segunda-feira (17/11) em alta no Brasil, novamente acima dos R$ 5,30, acompanhando o avanço da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior, com investidores à espera da retomada da divulgação de dados nos Estados Unidos após o fim da paralisação do governo norte-americano. O dólar encerrou a sessão em alta de 0,61%, a R$ 5,33. No exterior, a expectativa pelo reinício das divulgações de dados econômicos nos Estados Unidos, após o fim da paralisação do governo, deu o tom dos negócios. A previsão é de que o relatório de emprego payroll saia nesta quinta-feira (20/11). Antes disso, na quarta-feira (19/11), o Federal Reserve (Fed, o baco central norte-americano) divulgará a ata de sua última reunião de política monetária.

Ambos os eventos serão acompanhados com atenção pelos investidores, que buscarão pistas sobre o que o Federal Reserve fará com os juros em dezembro. Conforme a Ferramenta CME FedWatch, o mercado precificava 59,1% de probabilidade de manutenção pelo Fed da taxa na faixa de 3,75% a 4,00% em dezembro, contra 40,9% de chance de redução de 25 pontos-base. A cautela antes da divulgação de novos dados nos Estados Unidos manteve o dólar em alta ante o iene, o euro e a libra. A moeda norte-americana também se firmou em alta ante boa parte das divisas de países emergentes, como o peso mexicano, o rand sul-africano, a lira turca e o Real. Segundo a Correparti Corretora, o dólar está com valorização global, com o investidor em compasso de espera pela divulgação de indicadores norte-americanos, principalmente o payroll.

Após marcar a cotação mínima intradia de R$ 5,29 (-0,04%), ainda na primeira meia hora de negociação, o dólar atingiu a máxima de R$ 5,33 (+0,69%) na reta final da sessão. No cenário doméstico, destaque para o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que caiu 0,2% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, uma contração maior que o 0,10% esperado por economistas. Em agosto, o indicador havia avançado 0,4%. Em suas comunicações recentes, o Banco Central reconheceu a desaceleração da atividade e seu impacto sobre a inflação, um pré-requisito para o início do ciclo de cortes da Selic, hoje em 15% ao ano, mas se manteve cauteloso sobre o futuro da política monetária. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que os dados mostram que a economia brasileira está desacelerando, crescendo a taxas menores, e a política monetária tem tido efeito, "mas de maneira gradual".

Com a Selic em 15% ao ano e o Fed em processo de cortes de juros, que pode continuar em dezembro, profissionais do mercado têm pontuado que o Brasil segue atrativo ao capital internacional, o que vinha mantendo as cotações do dólar próximas dos R$ 5,30. O Banco Central vendeu US$ 1,25 bilhão em leilão de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) para rolagem do vencimento de 2 de dezembro. Além disso, negociou 45.000 contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 1º de dezembro. No exterior, o índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,24%, a 99,558. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.