18/Nov/2025
A Coalizão Aberta de Mercado de Carbono é uma das prioridades do Ministério da Fazenda para a COP30. Os líderes que participaram da Cúpula dos últimos dias 6 e 7 foram convidados a endossar a declaração dessa coalizão e 18 países já integram a proposta. Desde o princípio já havia participação de China, União Europeia, Canadá, Chile, México. Zâmbia, Ruanda, Noruega e vários países da União Europeia, como a França, aderiram. O objetivo da coalizão é garantir cooperação e fortalecer os mercados regulados de carbono. Ou seja, aqueles que têm tributação ou que têm um comércio de emissões como terá o brasileiro. A essência da cooperação se dará nos sistemas de monitoramento, relato e verificação (MRV).
É esse processo bem-feito que garante a certificação de um crédito de carbono. A Coalizão será um fórum para discussões sobre a contabilidade dos créditos de carbono já que atualmente há muitas e variadas metodologias. Para medir, é preciso buscar maior padronização. O grupo de países também deve gerar discussões a respeito das definições sobre os setores sujeitos às regras de emissões. O grande problema é fazer conversar créditos de carbono de diferentes lugares. Essa é a maior complexidade. Ainda é cedo para achar que a Coalizão vai conseguir fazer uma equalização dos mercados regulados de carbono, mas o grupo é muito importante para montar as bases para "uma interoperabilidade, uma comparabilidade". É importante trocar experiências mesmo de implementação, porque nessa fase muita coisa acontece.
As negociações sobre a Coalizão Aberta de Mercados Regulados de Carbono aconteceram no sábado (15/11), quando o Brasil reuniu líderes de alto nível na Blue Zone da COP30. A iniciativa se baseia no reconhecimento de que os mercados de carbono têm um papel central na aceleração da descarbonização das economias e na implementação do Acordo de Paris. À frente do desenvolvimento do compromisso internacional está o Ministério da Fazenda do Brasil. O mercado de carbono é um caminho essencial para que a transição energética ocorra de forma estruturada e justa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.