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18/Nov/2025

Tarifa de 40% sobre os produtos brasileiros mantida

Após consultas feitas pelo governo brasileiro, o governo dos Estados Unidos confirmou que, apesar do alívio tarifário anunciado sobre produtos agrícolas, a tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros está mantida. A informação foi transmitida pelo Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) aos ministérios envolvidos nas negociações e a integrantes do governo nacional. De acordo com essa informação, os produtos agrícolas brasileiros entram na exceção apenas da alíquota recíproca global de 10% aplicada desde abril. Nos bastidores do Executivo ainda permanecem dúvidas sobre se a Ordem Executiva Do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alcança todos os documentos anteriores, como a Ordem Executiva de 30 de julho, que trazia exceções a produtos específicos.

Técnicos e autoridades de diferentes Pastas do governo brasileiro analisam minuciosamente os detalhes da Ordem Executiva de Trump e buscam contato com pares norte-americanos para esclarecimentos. O governo dos Estados Unidos anunciou na sexta-feira (14/11) a modificação de tarifas agrícolas por meio da Ordem Executiva. De acordo com a publicação, carne bovina de alta qualidade, café, castanhas-do-pará, caju, coco, laranja, tomate, banana e outras frutas estão entre as isenções tarifárias americanas em relação à sobretaxa recíproca. A medida anunciada não é direcionada exclusivamente a produtos brasileiros, mas abrange itens afetados pelo tarifaço de 50% imposto sobre produtos importados do Brasil, como carne bovina e café. Mesmo assim, foi vista como positiva por integrantes do governo. A análise preliminar que predominava no governo brasileiro na noite de sexta-feira (14/11) era justamente de que o alívio tarifário abrangesse apenas a tarifa global recíproca de 10%, já que a ordem executiva não cita tarifas específicas direcionadas aos países.

A retirada ou redução dos 40% ainda precisará ser negociada entre os governos. Até então, os produtos brasileiros, à exceção daqueles presentes em lista de exclusão, estavam sujeitos a uma tarifa adicional de 50%, considerando a alíquota recíproca global de 10% imposta em abril e a de 40% exclusiva ao Brasil em vigor desde 6 de agosto, além das taxas específicas já aplicadas sobre cada produto. Cerca de 80% das exportações do agronegócio brasileiro ficaram de fora da lista de exceções tarifárias ao Brasil, com aplicação de tarifaço de 50%. Essa escalada tarifária inviabilizou, por exemplo, os embarques de carne bovina brasileira aos Estados Unidos desde agosto. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.