17/Nov/2025
O La Niña deve continuar atuando nos próximos meses, segundo o relatório mais recente divulgado pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) na quinta-feira (13/11). A agência prevê que uma transição para a neutralidade é mais provável entre janeiro e março de 2026, com 61% de probabilidade. De acordo com a NOAA, as condições de La Niña existem quando uma anomalia negativa de temperatura da superfície do mar de -0,5°C ou menos, com duração de pelo menos um mês, é observada na região Niño-3.4 do Oceano Pacífico equatorial (entre 5°N e 5°S, 120°W e 170°W), acompanhada de uma resposta atmosférica típica sobre o Pacífico equatorial.
O La Niña permaneceu ativo ao longo do último mês, refletindo o resfriamento das águas superficiais no centro e leste do Oceano Pacífico equatorial. Os índices semanais do fenômeno variaram entre -0,5°C e -0,7°C, enquanto o setor mais oriental (Niño-1+2) registrou -0,2°C. A agência também observou anomalias negativas de temperatura em profundidade, alcançando até 200 metros na porção leste do Pacífico. Além disso, a atmosfera continuou a responder ao padrão típico do La Niña, com ventos alísios intensificados em baixos níveis e anomalias de vento oeste em altos níveis sobre o Pacífico equatorial.
As previsões multimodelo do International Research Institute for Climate and Society (IRI) apontam que o La Niña deve persistir entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026. Ainda assim, a há alta incerteza para o período: o cenário de La Niña (51%) é apenas levemente mais provável que o de neutralidade do ENSO (48%). A expectativa é de que o evento permaneça fraco, com o índice Niño-3.4 variando entre -0,5°C e -0,9°C. Um La Niña de baixa intensidade tende a reduzir os impactos típicos do fenômeno, embora ainda possa influenciar as condições de temperatura e precipitação. Fonte: Notícias Agrícolas. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.