17/Nov/2025
Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (14/11), a taxa de desemprego caiu em 16 Unidades da Federação na passagem do segundo trimestre para o terceiro trimestre deste ano. Por outro lado, houve aumento em oito UFs, e estabilidade em outras três. Algumas dessas variações ficaram dentro da margem de erro da pesquisa, por isso não são consideradas estatisticamente significativas. Houve quedas de forma estatisticamente significativa em apenas 2 das 27 Unidades da Federação no período. Na média nacional, a taxa de desemprego caiu de 5,8% no segundo trimestre de 2025 para 5,6% no terceiro trimestre. Em São Paulo, a taxa de desemprego passou de 5,1% para 5,2% no período.
No terceiro trimestre de 2025, as maiores taxas de desocupação foram as de Pernambuco (10%), Amapá (8,7%) e Bahia (8,5%), enquanto as menores ocorreram em Santa Catarina (2,3%), Mato Grosso (2,3%), Rondônia (2,6%) e Espírito Santo (2,6%). A taxa de desemprego cravou a mínima histórica no terceiro trimestre em 11 das 27 Unidades da Federação. Em relação ao segundo trimestre do ano, houve queda na taxa de desemprego em 16 Unidades da Federação, embora o movimento tenha sido considerado estatisticamente significativo em apenas duas delas. No terceiro trimestre, a taxa de desemprego ficou no piso histórico na Bahia (8,5%), Ceará (6,4%), Distrito Federal (8%), Espírito Santo (2,6%), Mato Grosso (2,3%), Mato Grosso do Sul (2,9%), Paraíba (7%), Rio Grande do Norte (7,5%), Rio Grande do Sul (4,1%), Sergipe (7,7%) e Tocantins (3,8%).
O desemprego entre as mulheres permanecia consideravelmente mais elevado do que entre os homens no País no terceiro trimestre de 2025. A taxa de desemprego foi de 4,5% para os homens no terceiro trimestre, ante um resultado de 6,9% para as mulheres. Na média nacional, a taxa de desocupação foi de 5,6% no período. Por cor ou raça, a taxa de desemprego ficou abaixo da média nacional para os brancos, em 4,4%, muito aquém do resultado para os pretos (6,9%) e pardos (6,3%). A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto foi de 9,8%, mais que o triplo do resultado para as pessoas com nível superior completo, cuja taxa foi de 3,0%. No terceiro trimestre de 2025, a taxa composta de subutilização da força de trabalho foi mais elevada nos estados do Piauí (29,1%), Sergipe (26,5%) e Bahia (26,2%).
Os menores resultados ocorreram em Santa Catarina (4,4%), Mato Grosso (6,0%) e Espírito Santo (6,1%). Na média nacional, a taxa de subutilização foi de 13,9% no terceiro trimestre de 2025. No terceiro trimestre de 2025, a taxa de informalidade no País foi maior nos estados do Maranhão (57,0%), Pará (56,5%) e Piauí (52,7%). Por outro lado, as Unidades da Federação com as taxas de informalidade mais baixas foram Santa Catarina (24,9%), Distrito Federal (26,9%) e São Paulo (29,3%). No terceiro trimestre, a taxa de informalidade dos brancos (32,1%) era menor que a de pretos (40,7%) e pardos (42,6%). Quanto ao sexo, a informalidade era maior entre homens (39,4%) do que entre mulheres (35,8%). No total do Brasil, a taxa de informalidade foi de 37,8% no terceiro trimestre de 2025. No terceiro trimestre de 2025, o País tinha 1,179 milhão de pessoas em situação de desemprego de mais longo prazo, ou seja, em busca de um trabalho há pelo menos dois anos.
Se considerados todos os que procuram emprego há pelo menos um ano, esse contingente em situação de desemprego de longa duração sobe a 1,845 milhão. Apesar do contingente ainda elevado, o total de pessoas que tentavam uma oportunidade de trabalho há dois anos ou mais encolheu 17,8% em relação ao terceiro trimestre de 2024. Outras 666 mil pessoas buscavam emprego há pelo menos um ano, porém menos de dois anos, 11,1% menos indivíduos nessa situação ante o terceiro trimestre de 2024. No terceiro trimestre de 2025, 3,073 milhões de brasileiros procuravam trabalho há mais de um mês, mas menos de um ano, 8,5% menos desempregados nessa situação do que no mesmo período do ano anterior, e 1,127 milhão tentavam uma vaga há menos de um mês, um recuo de 14,2% nessa categoria de desemprego do que no terceiro trimestre de 2024.
Os dados da Pnad Contínua referentes ao terceiro trimestre mostram um mercado de trabalho bastante robusto. O nível da ocupação não tem diminuído, tem se mantido estável ou aumentado. A taxa de desocupação vem caindo. O momento é de transição para o próximo trimestre, onde costuma ocorrer contratações para o último trimestre do ano. O quarto trimestre tem um aumento sazonal em atividades econômicas como o comércio e o turismo. Variações marginais no mercado de trabalho no terceiro trimestre ainda não podem ser apontadas como sinalizadoras de tendência, por não terem "significância estatística". É necessário aguardar os números do último trimestre para saber se haverá algum ajuste no emprego, se a taxa de desocupação apresentará nova evolução positiva ou se de fato acabou o espaço para mais uma redução da desocupação. O que os números do terceiro trimestre mostram é essa estabilidade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.