17/Nov/2025
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a falar sobre o valor da "floresta em pé" e defendeu a recuperação florestal, em pronunciamento para o lançamento do 4º leilão do Eco Invest Brasil. O mecanismo busca investimentos privados sustentáveis e atrair capital externo para projetos de longo prazo. Para isso, é previsto instrumentos de proteção contra a volatilidade do câmbio. Até o terceiro leilão, o resultado do Eco Invest incluiu a mobilização total de R$ 75 bilhões (cerca de US$ 13,16 bilhões), sendo R$ 46 bilhões (US$ 8 bilhões) de capital externo. O quarto leilão foi anunciado durante a COP30, em Belém. Essa edição terá foco especial na Amazônia e no fortalecimento da bioeconomia. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) declarou que o Eco Invest é um dos "pilares da transformação ecológica" e reforçou o argumento sobre a construção de economia descarbonizada no Brasil. A Comissão Nacional de Bioeconomia (CNBio) reconhece o blended finance como ferramenta essencial.
O termo trata do chamado "financiamento misto", modelo que combina diversas fontes de recursos financeiros, incluindo públicos e privados. O quatro leilão mostra que o Brasil sabe atrair capital para proteger sua floresta. O 4° leilão deste programa terá foco em bioeconomia, turismo e infraestrutura. Apesar da abrangência nacional, essa edição estará concentrada na Amazônia Legal. O governo fala em impulsionar cadeias produtivas baseadas na floresta em pé e fortalecer setores capazes de gerar renda, inclusão e valor agregado no território. O 4° leilão do Eco Invest quer beneficiar pequenas empresas e produtores, além de trazer flexibilidade para que o gestor possa montar o fundo da forma que mais faça sentido. O critério de desempate do leilão será alavancagem, fomento à bio-industrialização e o total de capital estrangeiro.
O mecanismo adota o modelo de blended finance, quando o Tesouro Nacional empresta recursos às instituições financeiras a 1% ao ano, exigindo que sejam mobilizados pelo menos quatro vezes esse valor em capital privado, com participação mínima de 60% de investidores estrangeiros. O próximo leilão desse programa demandará investimento mínimo de 25% em projetos na região da Amazônia brasileira. Nos próximos dias, a documentação e informações relativas ao leilão serão disponibilizadas no site do Programa Eco Invest Brasil. As Instituições Financeiras interessadas terão prazo no início de 2026 para a apresentação de propostas. No geral, haverá fomento a projetos em três setores. O primeiro é a bioeconomia, em todo o território nacional e mínimo de 25% na Amazônia Legal. O segundo é turismo ecológico sustentável em todo território nacional, com foco na Amazônia Legal, repetindo o mínimo de 25%. O terceiro é em infraestrutura, incluindo o setor aquaviário, portuário e infraestrutura habilitante, apenas na Amazônia Legal.
O 3° leilão do Eco Invest terá data final prorrogada de para 19 de dezembro. O programa, liderado pelos Ministérios da Fazenda e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), mobilizou até o momento mais de R$ 75 bilhões em investimentos para atividades sustentáveis. O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, defendeu que o modelo previsto no Eco Invest Brasil precisa ser exportado para outros países. O mecanismo busca investimentos privados sustentáveis e atrair capital externo para projetos de longo prazo. Para isso, é previsto instrumentos de proteção contra a volatilidade do câmbio. Ilan Goldfajn avaliou que o Brasil “tem novo produto para exportar” e disse que os ministérios do governo, responsáveis pela proposta, viraram exportadores. Ele também voltou a mencionar que o dinheiro público “não é escalável para fazermos o que é preciso", ao reforçar a necessidade de atrair recursos privados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.