14/Nov/2025
O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) lançou nesta quinta-feira (13/11), na COP30, em Belém do Pará, o Caderno de Soluções Net Zero, onde defende que a transição energética é um processo contínuo, que leva um certo tempo, e que exige o pragmatismo da tecnologia e o financiamento do setor de óleo e gás. O Brasil está se posicionando como um líder tecnológico capaz de descarbonizar não apenas suas operações, mas também setores de difícil mitigação.
As inovações vão muito além da eficiência energética, focando em soluções de CCUS (captura, uso e armazenagem de carbono), biocombustíveis avançados e economia circular, provando o uso estratégico dos recursos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). O Caderno detalha projetos que transformam a expertise geológica do País em um ativo de mitigação climática. O foco é mostrar que a indústria tem a capacidade de investimento e a infraestrutura para viabilizar as tecnologias de descarbonização que beneficiarão toda a economia. Entre os destaques dos projetos de inovação no Brasil, o IBP lista uma série de iniciativas já realizadas ou que serão realizadas:
- CCUS: o setor está alavancando sua expertise em reservatórios e subsuperfícies para desenvolver projetos pioneiros de Captura, Uso e Armazenamento de Carbono (CCUS).
- A Petrobras lançará o São Tomé CCS Pilot Project, a primeira iniciativa de CCS em reservatório salino no Brasil.
- A SLB, em parceria com a FS, está no primeiro projeto de Bioenergia com Captura e Armazenamento de Carbono (BECCS) no Brasil, visando produzir etanol carbono-negativo por injeção subterrânea de CO2.
- A Repsol Sinopec desenvolve o DAC SI, para produzir o primeiro combustível marítimo sustentável no Brasil a partir de CO2 capturado no ar (DAC, na sigla em inglês).
- O financiamento da transição: os recursos de P&D obrigatórios dos contratos de concessão são cruciais. Em 2024, aproximadamente 45% dos recursos da Cláusula de P&D da ANP foram investidos em projetos de eficiência, transição energética e sustentabilidade.
- Biocombustíveis e Economia Circular: a indústria está impulsionando a produção de combustíveis de baixo carbono (drop-in) e a economia circular.
- A Lwart aumentará em 60% a capacidade de refino de óleo lubrificante usado, com potencial de redução de 501.707,36 tCO2 de emissões de GEE (gases de efeito estufa) por ano.
- A Wilson Sons realiza o uso inédito de Diesel Verde (HVO) no setor marítimo brasileiro, com potencial de redução de emissões do ciclo de vida em até 90%.
- Eficiência e mitigação em escala: A modernização dos ativos gera grande potencial de mitigação no Escopo 1 (emissões diretas de gases efeito estufa).
- O RefTOP Program da Petrobras, que visa a eficiência no refino, já resultou na redução de cerca de 1,7 milhão de toneladas de CO2 equivalente.
- A otimização da reserva de turbogeradores offshore da Petrobras tem um potencial de 400.000 tCO2 em emissões evitadas.
O Caderno está sendo distribuído para agentes estratégicos da COP30.
Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.