14/Nov/2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sancionou o projeto de lei que retoma o financiamento do governo na noite da quarta-feira (12/11), e pôs fim à paralisação de 43 dias da máquina pública federal, a maior da história do país. A assinatura ocorreu horas depois de a Câmara aprovar a medida com o placar de 222 votos a favor e 209 contra. O projeto já havia passado pelo Senado, no início da semana. A paralisação gerou estresse financeiro para trabalhadores federais que ficaram sem receber salários, deixou inúmeros viajantes presos em aeroportos e gerou longas filas em bancos de alimentos. Mesmo assim, pode levar dias, e até semanas, para que o país volte ao normal. Os órgãos federais já estão autorizados a reintegrar funcionários que estavam em licença não remunerada, mas, embora a maioria deva retornar ao trabalho em até 24 horas, fatores como o tamanho dos departamentos podem atrasar esse processo. O sistema de aviação, por exemplo, precisará de tempo para se reorganizar.
O Departamento de Transportes informou na quarta-feira (12/11) que 40 aeroportos continuarão com uma redução de 6% no número de voos, mesmo com a retomada das atividades. As autoridades avaliam quando será possível retornar com segurança às operações normais de tráfego aéreo, mas não apresentaram nenhum cronograma. A normalização do pagamento do auxílio-alimentação do Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP) também não será imediata. Um dos pontos do projeto de lei sancionado por Trump abrange justamente a retomada do benefício, mas não determina quando ele voltará a ser pago. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), responsável pelo SNAP, afirmou que, na maioria dos Estados, os valores poderiam ser disponibilizados em até 24 horas após o fim da paralisação do governo federal, mas não especificou em quais regiões o processo seria mais demorado.
O acordo que trouxe o fim do "shutdown" também prevê a reversão das demissões de funcionários federais, promovidas pelo governo Trump desde o início da paralisação do governo, além de protegê-los de novas demissões até janeiro. Os profissionais também têm o pagamento retroativo garantido pela Lei de Tratamento Justo dos Funcionários Públicos, aprovada em 2019. A prorrogação de um crédito tributário que reduz os custos dos planos de saúde, que expira em dezembro, era uma das principais exigências dos democratas, mas não foi incluída no projeto de lei. O assunto deve ser retomado no Congresso até meados de dezembro. O Escritório de Orçamento do Congresso estima que o impacto negativo do "shutdown" na economia será revertido em partes, mas que, mesmo assim, haverá uma perda econômica permanente de cerca de US$ 11 bilhões. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.