ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

13/Nov/2025

Comércio internacional: predomina a “lei da selva”

A crise advinda do tarifaço de Donald Trump pegou o Brasil de surpresa, e o País foi lento na reação, avalia Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos. "O Brasil demorou para fazer contato com a Casa Branca" e buscar negociações, criticou, durante evento enaex 2025 - 43º Encontro Nacional de Comércio Exterior, no Rio de Janeiro. Segundo Barbosa, o comércio internacional deixou de ter regras e hoje predomina a "lei da selva”, o que cria problemas para países como o Brasil e outras nações em desenvolvimento.

O ex-embaixador afirmou ainda acreditar que o acordo entre Mercosul e União Europeia será assinado até o fim de dezembro mais por questões geopolíticas do que comerciais, avaliou, após enfatizar os obstáculos do novo cenário do xadrez global. "Novos fatores estão influindo: meio ambiente (com barreiras protecionistas contra os setores industriais e agrícolas), emergência da tecnologia (com IA mudando as regras) e a nova corrida nuclear", disse. "Estamos vivendo num mundo sem regras" com o enfraquecimento dos organismos internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC).

O enfraquecimento das organizações está criando problemas para países como o Brasil e outros em desenvolvimento, que não têm força para colocar as suas reivindicações como os países desenvolvidos. "Estamos na lei da selva. Cada um faz o que é de seu interesse." Com a ruptura da ordem político-econômica criada no pós-guerra, que era apoiada num sistema baseado em regras, o mundo vive uma situação totalmente nova. O uso da força está substituindo as negociações para a obtenção de objetivos políticos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.