13/Nov/2025
O Climate Finance Hub e o IBGC reunir nesta quarta-feira (12/11) em Belém, na Casa Combio, na Ilha do Combu, especialistas com objetivo de discutir a importância da adoção dos princípios de governança climática. Segundo o Instituo Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), as empresas fazem parte do processo de transição e adaptação. E para os países implantarem suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), elas precisam trabalhar essa questão da governança climática. Em 2020, o IBGC recebeu do Fórum Econômico Mundial os princípios de governança climática e vem trabalhando para conseguir levá-los aos empresários brasileiros.
É fundamental que diretorias e Conselhos tenham domínio do tema. É preciso mostrar que não é tão complicado e fazer as empresas entenderem que são capazes de fazer a transição. As questões climáticas precisam estar incluídas nas metas e na remuneração dos executivos, ponto que está contemplado nos princípios de governança climática. Também está prevista a publicação de relatórios referentes a ações climáticas, prevendo que eles mostrem evolução nos trabalhos. Dados apontam que 56,7% das empresas não têm dúvida de que a questão climática é importante. O levantamento indica também que 51,1% das altas lideranças comunicam isso aos seus liderados.
Já o comprometimento com emissões zero e limitação da elevação da temperatura global cai para 33,3%. O BMA Advogados afirmou que as empresas ainda não incorporaram e entenderam as questões de clima em suas análises e planos de médio e longo prazo. Há dificuldade de as companhias abertas olharem para o risco climático. É essencial fazer due diligences de risco climático. A diligência de clima é diferente da ambiental. Nesta, é averiguada a conformidade da empresa com regulamentação, regularização fundiária, licenciamentos. Na due diligence climática, são analisados os riscos de alagamento na área ou de escassez hídrica. É preciso adequação aos novos padrões contábeis que estão prestes a entrar em vigor, a IFRS 1 e 2.
É preciso começar a falar mais sobre mitigação nas empresas, por conta do mercado regulado de carbono, o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões. Nas grandes empresas, já houve um amadurecimento do tema do clima nos últimos anos. Mas, nas empresas de menor porte, a sensibilidade é menor. Faltam mapeamento de risco climático, inventário de gases de efeito estufa, entre outras questões. Em uma concorrência, as empresas que já se prepararam competem com quem nunca investiu nessa área. O Ministério dos Transportes já determinou que 1% da verba de uma concessão tem de ser destinada para a agenda de clima. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.