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11/Nov/2025

COP30: confira agenda do Ministério da Agricultura

Iniciou-se, nesta segunda-feira (10/11), a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorrerá até o dia 21 de novembro, na capital do Pará, Belém. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) integra a Conferência para debater e apresentar iniciativas voltadas a um agronegócio mais sustentável. Entre os principais eventos do Mapa durante a COP30, com a participação do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destaca-se a assinatura de um convênio de cooperação técnica entre o Mapa, a Embrapa e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) para o Programa Caminho Verde Brasil, no dia 18 de novembro, na AgriZone, e o lançamento da RAIZ (Resilient Agriculture Investment for Net Zero Land Degradation) na Blue Zone, no dia 19 de novembro. A iniciativa, inspirada no Programa Caminho Verde Brasil do Mapa, foi criada para promover soluções viáveis voltadas à recuperação de áreas agrícolas degradadas e atuará como um acelerador de financiamento para identificação e conexão de mecanismos de investimento, promovendo a cooperação e o compartilhamento de conhecimento entre países.

No mesmo dia, ocorrerá o painel “Impulsionando a Ação Climática Coordenada nos Sistemas Agroalimentares”, organizado pela Plataforma Regional dos Ministérios da Agricultura da América Latina e do Caribe (PLACA), pelo Mapa e pelo Escritório Regional da FAO para a América Latina e o Caribe. O evento apresentará como os esforços coletivos por meio da PLACA estão impulsionando a implementação dos compromissos climáticos globais na ação climática voltada à agricultura. Outro evento do Mapa que ocorrerá na Blue Zone será o painel “Saúde Única para a Resiliência Climática: Soluções Intersetoriais para Desafios Globais”, realizado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e pelo Mapa, no dia 20 de novembro, no Pavilhão Brasil. O painel destacará como ações coordenadas e intersetoriais podem fortalecer a resiliência e proteger a saúde das pessoas, dos animais e do planeta, apresentando como as estratégias de Saúde Única estão sendo implementadas para enfrentar ameaças climáticas por meio da colaboração, da inovação e da responsabilidade compartilhada. O evento contará ainda com a participação da diretora-geral da OMSA, Emmanuelle Soubeyran.

O sistema de plantio direto foi tema de um dos painéis realizados nesta segunda-feira (10/11), na AgriZone, espaço dedicado à agricultura sustentável e ao combate à fome em um contexto de mudança do clima. A iniciativa é uma parceria entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Embrapa, reforçando o compromisso do Brasil em promover uma agropecuária de baixo carbono, inovadora e resiliente. O painel reuniu pesquisadores e representantes de entidades do setor para discutir como a adoção correta dessa técnica contribui para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa e para o fortalecimento da resiliência dos produtores rurais diante de eventos climáticos extremos. O sistema de plantio direto é uma das práticas mais eficientes para o sequestro de carbono no solo e para a melhoria da qualidade produtiva das lavouras.

O objetivo trabalho foi mostrar o potencial do sistema de plantio direto quando bem aplicado na agricultura brasileira: o cultivo de grãos sem o revolvimento do solo, mantendo-o coberto durante todo o ano e realizando a rotação de culturas. Esse sistema é capaz de recuperar e fixar carbono no solo, o que contribui para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e aumentar a resiliência climática das lavouras. O painel contou ainda com a participação do professor Juca Sá, referência em pesquisa sobre carbono no solo e coordenador técnico-científico da Federação Brasileira do Sistema Plantio Direto, e de Marcelo Torres, presidente da Confederação das Associações das Américas vinculadas ao Sistema Plantio Direto. O encontro apresentou resultados de um projeto desenvolvido entre o Mapa e a Federação Brasileira do Sistema Plantio Direto, com financiamento do Fundo Euroclima, que demonstra os benefícios econômicos e ambientais do sistema.

A AgriZone é uma grande vitrine de tecnologias, ciência e cooperação internacional voltada à agricultura sustentável e ao combate à fome em um contexto de mudança do clima. O espaço estará aberto ao público de 10 a 21 de novembro, das 10h às 18h, com acesso gratuito mediante inscrição. Localizada a menos de 2 quilômetros da Blue Zone, área oficial de negociação da COP30, em Belém (PA), a Casa da Agricultura Sustentável abriu suas portas nesta segunda-feira (10/11) para o público geral. Organizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pelo Mapa, em parceria com os Ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e da Pesca e Aquicultura (MPA), a AgriZone está localizada na área da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém (PA), a 1,8 quilômetro das áreas oficiais da COP30, a Blue Zone e a Green Zone.

A AgriZone ficará aberta todos os dias, das 10h às 18h, e contará com uma programação plural: 378 atividades técnicas em 11 dias, exposição de 45 cultivares e 30 sistemas agropecuários sustentáveis distribuídos em pavilhões, vitrines vivas de protocolos de baixo carbono, vitrines tecnológicas para a agricultura familiar, mostras de tecnologias sociais, apresentações de Capoeira do Black, centro de alimentação com valorização da gastronomia regional fornecida por pequenos empreendedores locais, entre outros atrativos. A AgriZone foi incluída na rota oficial de ônibus da COP30. Os participantes podem pegar a linha 11, que fará o trajeto entre a AgriZone e a Blue Zone. No total, são 15 linhas de ônibus e 250 veículos, sendo 40 elétricos e os demais equipados com tecnologia Euro 6, de baixa emissão de poluentes, que operarão 24 horas por dia, entre 1º e 23 de novembro. As rotas conectam hotéis, navios de hospedagem e pontos estratégicos da cidade aos espaços oficiais da Conferência. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.