10/Nov/2025
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou recuo de 0,03% em outubro, após uma elevação de 0,36% em setembro. Com o resultado, o IGP-DI acumulou um recuo de 1,31% no ano e avanço de 0,73% em 12 meses. Foram informados ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve uma redução de 0,13% em outubro, ante um aumento de 0,30% em setembro. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, subiu 0,14% em outubro, após alta de 0,65% em setembro. O INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, teve elevação de 0,30% em outubro, depois da alta de 0,17% em setembro. Os recuos nos preços de commodities como o café em grão (-1,30%), trigo em grão (-9,71%) e soja em grão (-0,36%) puxaram a deflação no atacado medida pelo IGP-DI de outubro.
Houve alívio também do leite in natura (-7,83%) e do arroz em casca (-8,54%). No ranking de principais pressões no atacado em outubro figuraram carne bovina (1,87%), minério de ferro (0,43%), carne de aves (3,50%), uva (24,84%) e batata inglesa (24,02%). O IGP-DI saiu de elevação de 0,36% em setembro para queda de 0,03% em outubro. Em 12 meses, o índice acumulou aumento de 0,73%. No IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), destacou-se a queda generalizada de produtos agropecuários com peso significativo na estrutura do índice, como café em grão, trigo em grão, soja em grão e leite in natura, que exerceram pressão deflacionária. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) passou de alta de 0,30% em setembro para recuo de 0,13% em outubro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais saiu de alta de 0,22% em setembro para elevação de 0,25% em outubro.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de queda de 0,36% em setembro para aumento de 0,16% em outubro. O grupo das Matérias-Primas Brutas foi de elevação de 0,80% em setembro para recuo de 0,58% em outubro. Os recuos na tarifa de eletricidade residencial (-2,83%) e na passagem aérea (-5,44%) desaceleraram a inflação no varejo em outubro. Quanto aos preços ao consumidor, passagens aéreas e tarifas de energia elétrica foram os principais responsáveis pela desaceleração, contribuindo conjuntamente com -0,18% para o resultado do IPC. Houve alívio também das reduções na banana-prata (-7,76%), arroz (-3,14%) e leite longa vida (-1,56%). Na direção oposta, figuraram entre as principais pressões o perfume (3,65%), gasolina (0,50%), serviços bancários (0,81%), cinema (9,39%) e plano de saúde (0,46%). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) saiu de uma alta de 0,65% em setembro para uma elevação de 0,14% em outubro.
Duas das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas: Habitação (de 2,13% em setembro para -0,23% em outubro) e Educação, Leitura e Recreação (de 2,00% para -0,43%). Por outro lado, as taxas foram mais elevadas nos grupos Saúde e Cuidados Pessoais (de -0,06% para 0,58%), Alimentação (de -0,18% para 0,08%), Vestuário (de -0,17% para 0,66%), Despesas Diversas (de -0,13% para 0,50%), Comunicação (de 0,07% para 0,14%) e Transportes (de 0,30% para 0,33%). O núcleo do IPC-DI teve alta de 0,31% em outubro, após um aumento de 0,24% em setembro. Dos 85 itens componentes do IPC, 46 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 54,19% em setembro para 56,77% em outubro. O período de coleta de preços para o índice de outubro foi do dia 1º ao dia 31 do mês. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.