10/Nov/2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na sexta-feira (07/11) que o governo vai estabelecer um fundo específico, concentrando recursos arrecadados com a exploração do petróleo, para projetos e ações visando a transição energética e o combate às mudanças climáticas. A premissa de utilização de dinheiro do petróleo para políticas públicas é antiga, em grande parte já viabilizada no Fundo Social foi criado em 2010. Lula sugeriu um mecanismo novo. “Direcionar parte dos lucros com a exploração de petróleo para transição energética permanece um caminho válido para os países em desenvolvimento. O Brasil estabelecerá um Fundo dessa natureza para financiar o enfrentamento da mudança do clima e promover justiça climática", declarou o presidente da República.
Porém, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse não conhecer o eventual estabelecimento de novo Fundo com recursos do petróleo para as ações socioambientais no combate às mudanças climáticas. O presidente Lula afirmou que haveria um mecanismo nesse caráter, sem entrar em detalhes. Na sequência, no mesmo discurso, Lula falou sobre o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) que terá capital misto, público e privado. Não está previsto, neste mecanismo, a entrada de recursos arrecadados com a exploração do petróleo. A premissa de utilização de dinheiro do petróleo para políticas públicas é antiga, em grande parte já viabilizada no Fundo Social, criado em 2010.
O presidente Lula afirmou que o conflito na Ucrânia reverteu anos de esforços para redução de emissões de gases poluentes. Para ele, gastar o dobro do que é destinado à mudança climática com armas é pavimentar o caminho para o “apocalipse climático”. Não haverá segurança energética em um mundo conflagrado, afirmou. Lula disse que é preciso acabar com todas as formas de discriminação climática e citou dívidas externas “impagáveis”. “É fundamental combater todas as formas de pobreza energética. Sem equacionar a injustiça de dívidas externas impagáveis e sem abandonar condicionalidades que discriminam os países em desenvolvimento, andaremos em círculos”, completou. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.