07/Nov/2025

Pesquisa realizada pelo Departamento Técnico e Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária de São Paulo (Faesp) mostra que 53,4% dos produtores do Estado não planejam realizar investimentos nesta safra. O índice sobe para mais de 70% entre produtores de grãos e cana-de-açúcar. Na contramão, 72,7% dos cafeicultores e 88,9% dos avicultores pretendem investir, principalmente em infraestrutura e equipamentos. As justificativas apresentadas são incertezas econômicas, custos elevados e crédito rural mais caro para a safra 2025/2026.

A pesquisa ouviu 263 produtores rurais de 117 municípios. A maioria dos produtores pretende manter ou reduzir o nível de produção e tecnologia empregada: 63,4% devem repetir a área da safra passada, enquanto 57,9% afirmam que não haverá incrementos no pacote tecnológico. Há setores em retração, como grãos, 28,3% planejam reduzir área e igual percentual pretende diminuir o pacote tecnológico; e cana-de-açúcar, 25,6% consideram redução tecnológica.

Por outro lado, 35,1% dos horticultores e 25% dos cafeicultores pretendem ampliar a área. O acesso ao crédito rural permanece como um dos maiores entraves: mais da metade dos que responderam à pesquisa apontaram os juros altos e a conjuntura desfavorável do mercado como fatores que dificultam a contratação. Entre as principais preocupações dos produtores estão o alto custo de produção (78,5%), juros elevados (68,6%) e indisponibilidade de crédito (48,3%).

Embora 63,8% não tenham dívidas em aberto da safra passada, 36,2% ainda enfrentam débitos, sendo 79,8% com instituições financeiras. Sobre o seguro rural, 52,3% demonstram interesse em contratar na próxima safra, mas barreiras como custo elevado do prêmio, baixo nível de cobertura e ausência de mecanismos de fomento ainda afastam muitos produtores da proteção. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.