ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

07/Nov/2025

COP30: falhas de infraestrutura na Cúpula de Líderes

Obras inacabadas, banheiros sem água e falhas na conexão de internet. Esses são alguns dos problemas de infraestrutura observados no primeiro dia da Cúpula dos Líderes, evento que reúnem chefes de Estado antes da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-30), nesta quinta-feira (06/11). Na chamada Zona Azul, onde ocorrerão as negociações: também chamam a atenção os preços altos de bebidas e comidas. Secretário do governo federal para a COP30, Valter Correia disse que as obras ainda em andamento na Zona Azul da COP30, já usada pela cúpula de líderes, "não são estruturais" e que os ajustes eram "previstos". Segundo ele, faltam apenas detalhes, como pinturas. O secretário disse que elas devem terminar ao longo do fim de semana.

A conferência climática começa oficialmente na segunda-feira (10/11). Nos banheiros, parte das torneiras não funcionava e era preciso usar água mineral para lavar as mãos. Na sala de imprensa, tomadas não estavam funcionando e as televisões que deveriam transmitir a recepção dos chefes de Estado estavam desligadas. Um técnico circulava pelo local para tentar resolver o problema. Para consumir dentro da Zona Azul, é necessário fazer um cartão, a exemplo do que acontece em festas privadas. A Cielo é a empresa responsável pelo sistema de pagamento eletrônico do local. Após cadastrar os dados pessoais no cartão, é preciso carregá-lo, e com bastante dinheiro. Os preços variam de R$ 20,00 por um brigadeiro, ou R$ 25,00 por uma água, a R$ 40,00 pela fatia de bolo de cenoura.

Preços em um dos quiosques da Zona Azul:

Brigadeiro: R$ 20,00

Fatia de bolo de chocolate e de cenoura: R$ 40,00

Fatia de bolo de maracujá: R$ 35,00

Fatia de bolo simples: R$ 30,00

Salgados: R$ 30,00 a R$ 40,00

Sanduíches: R$ 35,00

Refrigerante lata: R$ 25,00

Água: R$ 25,00

Cafés: R$ 30,00 a R$ 35,00

Caldos variados: R$ 60,00

Cápsula de chá: R$ 30,00

Estrogonofe de palmito: R$ 70,00

Na manhã desta quinta-feira (06/11), os cafés não estavam sendo vendidos em um dos quiosques, por conta da falta de energia elétrica. No centro de mídia, usado pela imprensa nacional e internacional para fazer a cobertura, no entanto, havia café, pão de queijo e água gratuitos. Correia afirmou que toda a estrutura é de responsabilidade do país-sede, e que problemas com monitores sem funcionamento e banheiros sem água nas torneiras poderiam ocorrer. Segundo ele, a Cúpula de Líderes serve como um "teste de uso" com todos no Centro de Mídia simultaneamente para ajustes. "São pequenos ajustes que ao longo do dia de hoje a gente resolve. Não vejo isso como problema. Vejo como algo até previsto dentro do planejamento de um evento deste porte", afirmou o secretário, cuja pasta é vinculada ao Ministério da Casa Civil.

As obras que ainda estão acontecendo são dos pavilhões dos países e das organizações e serão entregues depois da Cúpula dos Líderes, que vai até está sexta-feira (07/11). Então, estão dentro do cronograma. Parecem obras inacabadas, mas não são. Estão a pleno vapor e serão entregues até o início da COP-30, das negociações, no dia 10, disse Correia. Há obras na cidade que não fazem parte das custeadas pelo governo federal. As de responsabilidade do governo, foram concluídas e entregues ou estão com 99% prontas. “Tudo dentro do previsto, nada vai deixar de ser entregue”, afirmou. Para ele, os alagamentos da cidade não poderiam ser resolvidos com as obras previstas e executadas. Ele disse considerar o sistema de drenagem eficiente para conter alagamentos de chuvas torrenciais diárias na capital paraense.

O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que o governo federal recorreu a fundos públicos para financiar a construção e a ampliação de hotéis em Belém (PA). A medida foi adotada para conter a alta nos preços de hospedagem na capital paraense, que era alvo de críticas de autoridades e organizadores do evento, entre elas as do embaixador André Corrêa do Lago. Foram usados fundos públicos federais, como, por exemplo, o Fundo Geral de Turismo (Fungetur). O governo financiou a construção de novos hotéis. O governo federal, inclusive, fez concessão de áreas que pertencem à União para que novos hotéis fossem erguidos aqui na capital do Estado. Financiou também a ampliação de hotéis que já existiam.

Com isso, mais do que dobrou a capacidade da cidade. No entanto, Sabino também afirmou que o próprio mercado ajustou os valores de hospedagem e que a oferta de leitos foi suficiente para atender às delegações da conferência. Segundo ele, os preços agora variam entre R$ 200,00 e R$ 500,00 por diária. O ministro destacou que o governo superou a falta de infraestrutura e as críticas de quem duvidava da capacidade de Belém sediar o evento. Sobre as obras que ainda não foram entregues, ele disse que todas os empreendimentos assumidos pelo governo em Belém estão "seguindo o cronograma previsto".

A maioria deve ser concluída até o início da COP, mas algumas intervenções, já programadas, devem ser finalizadas após o encerramento do encontro. Nesse sentido, ressaltou ainda que os investimentos federais na capital paraense vão além da conferência. Há obras de saneamento em áreas periféricas da cidade que seguem o planejamento e devem representar um legado duradouro após a realização do evento. Oficialmente, a COP começa na próxima segunda-feira (10/11), com a presença de 161 líderes. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.