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07/Nov/2025

Comércio pode ajudar desenvolvimento ambiental

O novo Relatório Global de Comércio da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) apresenta dados e análises sobre como o comércio internacional pode contribuir para o cumprimento das metas do Acordo de Paris. Firmado em 2015, o pacto estabelece que os países devem realizar esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais e atualizar seus planos climáticos nacionais a cada cinco anos. Segundo a Unctad, o comércio pode acelerar a transição para economias de baixo carbono e atrair investimentos voltados à ação climática. As exportações verdes, de produtos sustentáveis, estão entre os segmentos que mais crescem.

Em 2024, elas chegaram a US$ 2 trilhões, o equivalente a 14% de todos os bens manufaturados comercializados globalmente. Produtos baseados em biodiversidade somaram US$ 3,7 trilhões em 2021, enquanto substitutos do plástico não derivados do petróleo movimentaram US$ 485 bilhões em 2023. Outro destaque do relatório é a energia limpa, que se torna cada vez mais acessível. O custo médio global para gerar eletricidade a partir de novos projetos solares caiu 41% entre 2010 e 2024, enquanto a geração eólica terrestre custa hoje 53% menos do que a proveniente de combustíveis fósseis.

As tecnologias sustentáveis de refrigeração também demonstram grande potencial: o comércio de termostatos cresceu 32% e o de vidros isolantes, 43%, entre 2018 e 2023. O setor é avaliado em US$ 600 bilhões, com potencial de gerar US$ 8 trilhões em benefícios para países em desenvolvimento até 2050. Apesar dos avanços, tarifas e critérios técnicos ainda dificultam o comércio climático. As tarifas sobre componentes solares e eólicos variam de 1,9% em economias desenvolvidas a 7,1% na África, chegando a 7,6% quando consideradas medidas não tarifárias. Já os substitutos plásticos de base vegetal enfrentam tarifas médias de 14,4%, o dobro das aplicadas aos plásticos convencionais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.