06/Nov/2025
O dólar fechou esta quarta-feira (05/11) em baixa no Brasil, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas de países exportadores de commodities, em meio à redução dos receios de que possa haver uma forte correção de preços na bolsa norte-americana. Também permeou os negócios a expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na noite de quarta-feira (05/11). Após se aproximar dos R$ 5,40 na véspera, o dólar fechou em baixa de 0,70%, a R$ 5,36. O dólar oscilou perto da estabilidade no início da sessão, mas se firmou no território negativo no Brasil, acompanhando a perda de força da moeda norte-americana ante outras divisas pares do Real, como o peso mexicano e o peso chileno.
O movimento de busca por ativos de maior risco ocorreu em todo o mundo, com investidores deixando de lado, ainda que por enquanto, as preocupações de que possa haver uma baixa dos preços das ações nos Estados Unidos, após o boom da inteligência artificial. A divulgação de dados da economia norte-americana reforçou o cenário positivo: o relatório da ADP mostrou geração de 42.000 postos de trabalho privados em outubro nos Estados Unidos, enquanto o índice de gerentes de compras do setor de serviços subiu de 50,0 em setembro para 52,4 em outubro. Economistas projetavam 28.000 postos no setor privado e índice do setor de serviços em 50,8. Assim, após oscilar acima dos R$ 5,40 na abertura, o dólar atingiu a cotação mínima intradia de R$ 5,35 (-0,76%). A sessão foi de modo geral positiva para os ativos brasileiros, com as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) em queda e o Ibovespa renovando recordes, acima dos 153 mil pontos.
No mercado de câmbio, os investidores também aguardavam a decisão do Copom. Os agentes estarão atentos ao comunicado da decisão. A dúvida é se o Comitê de Política Monetária (Copom) passará indicações sobre a possibilidade do início dos cortes da Selic em dezembro ou em janeiro, ou se seguirá sugerindo uma taxa básica estável "por período bastante prolongado", algo que vem sendo interpretado como uma redução da taxa apenas em março. A Selic em 15%, somada ao fato de o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) estar em processo de corte de juros, tem favorecido a queda do dólar ante o Real. No exterior, ainda que o dólar cedesse ante as divisas de países emergentes, a moeda demonstrava maior acomodação em relação a seus pares fortes. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, tinha estabilidade, a 100,170. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.