06/Nov/2025
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, anunciou na terça-feira (04/11) a formação da Coalizão pela Ação Multilateral contra os Crimes que afetam o Meio Ambiente. O objetivo é que governos, organizações internacionais e sociais, além do setor privado, adotem protocolos comuns para o enfrentamento de crimes ambientais. “Essa coalizão reflete a consciência de que enfrentar os crimes ambientais exige ação multilateral efetiva, baseada em cooperação, confiança e solidariedade internacional” disse na abertura da quarta Cúpula Global Anual da United for Wildlife, no Rio de Janeiro. A cúpula faz parte do programa United for Wildlife da The Royal Foundation, criado em 2013 pelo Príncipe William.
O avanço de um marco jurídico, no âmbito da Convenção das Nações Unidas Contra o Crime Organizado Transnacional (Convenção de Palermo), é um avanço essencial. A nova coalizão para combater o crime ambiental é composta por África do Sul, Bolívia, Colômbia, Peru, São Tomé e Príncipe, Gabão, Panamá, República Democrática do Congo e Suriname. “Sem uma base legal e sólida, não será possível combater de forma eficaz as redes criminosas que atuam contra a nossa biodiversidade, contaminam os rios e exploram povos indígenas e populações locais. Esperamos que esta mobilização global avance até a Conferência das Partes prevista para outubro de 2026 (COP31)”, afirmou a ministra. Marina Silva, fez um chamado para que a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) represente a capacidade dos países de se evitar, de uma só vez, dois pontos de não retorno: em relação ao clima e ao multilateralismo climático.
“Sem implementarmos as decisões que viemos tomando ao longo de décadas, perderemos confiança e credibilidade”, disse. A ministra ressaltou que o Brasil está comprometido com o desmatamento zero até 2050. Os resultados mais recentes mostram avanços. Nas unidades de conservação, onde não deveria haver nenhum tipo de desmatamento, teve uma queda de 31% na comparação com 2024 e queda de 72% na comparação com 2022. Ela ainda defendeu que os países se juntem num “mutirão” pela ação climática e pelo enfrentamento dos crimes que afetam o meio ambiente. A melhor decisão neste momento é acelerar a implementação dos compromissos acordados, pontuou. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.