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05/Nov/2025

TFFF: expectativa é de adesão de diversos países

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o financiamento do Fundo de Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) não é doação, mas sim investimento. Além do TFFF, há também a coalizão do mercado de carbono. Para Haddad, a coalizão do mercado de carbono vai exigir muita engenharia para sair do papel. Mas, além da coalizão, que demora mais tempo para acontecer no mercado internacional de carbono, o TFFF é a questão dos países bons. Não é nem doação, é investimento. Remunera as florestas pelos empréstimos que serão feitos a partir do fundo. A expectativa é de adesão de muitos países. Se atingir US$ 10 bilhões seria um grande feito, pois até o momento ninguém colocou nada relevante na mesa, disse o ministro.

Ele acredita que a meta será alcançada porque alguns países já sinalizaram adesão ao TFFF, mas que não pode dizer quais porque estes querem fazer seus anúncios durante a COP. Segundo o ministro, o TFFF está sendo "muito bem recebido" pelos outros países. O Banco Mundial de que está disposto a ajudar a inaugurar os trabalhos como agente operador e manifestações de apoio de alguns países podem ser feitas na semana que vem, o que proporcionaria angariar os primeiros recursos. O Brasil está apresentando uma proposta prática de sustentabilidade das florestas tropicais. O fundo vai captar recursos a juros baixos, emprestar a juros maiores e usar o lucro das operações para remunerar os países que estejam empenhados em zerar o desmatamento.

Porém, o fundo isoladamente será incapaz de garantir todos os recursos necessários para a preservação florestal, e é preciso a formação de um mercado de carbono. Tem de ter mercado estruturado de carbono. Se não começar a mudar a legislação criando incentivo e penalidade, não vai chegar no patamar adequado de sustentabilidade. É preciso criar mecanismo de mercado para que as pessoas adiram e coloquem a questão socioambiental no centro da atenção. A agenda verde empolga o investidor e, por isso, não há sentido no Brasil sair da linha de sustentabilidade. O Brasil tem energia limpa e barata, então não faz sentido trocar por energia suja e cara. Segundo o ministro, a agenda de trabalho do Brasil para 2026 englobará várias frentes, como taxonomia e a coalizão pelo mercado internacional de carbono.

Na avaliação da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, o TFFF é a proposta mais inovadora do Brasil no âmbito das finanças sustentáveis. O TFFF vai oferecer retorno estável em troca da manutenção de um ativo crucial para o mundo, que são as florestas tropicais. Segundo Marina Silva, a Indonésia já se comprometeu a aportar US$ 1 bilhão no fundo, mesma quantia que o Brasil vai aplicar, e o governo buscará mais investimentos de fundos soberanos para conseguir iniciar as operações do TFFF e atrair capital privado. A meta do fundo é atingir US$ 125 bilhões sob gestão, remunerando cerca de US$ 4 bilhões anuais em dividendos e pagando US$ 4,00 por hectare de floresta preservada. Os recursos serão destinados para países com florestas em pé. O TFFF, cuja criação é defendida pelo Brasil desde 2023, deve ser lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira (06/11), durante a Cúpula de Líderes da COP30. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.