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05/Nov/2025

COP30: Amazônia abrange 40 cidades de 8 países

A Amazônia, tradicionalmente lembrada como selva, também é constituída por 40 cidades de 8 países, com 50 milhões de habitantes, a maioria em zonas urbanas, contabilizou o alcade provincial de Maynas, Vladimir Chong, durante o C40 Cúpula Mundial de Prefeitos, que acontece no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro. “Os municípios enfrentam o desafio de fazer com que as necessidades sejam atendidas ao mesmo tempo em que se articula o desenvolvimento local", disse o gestor, durante evento de lançamento do estudo "Cidades na Amazônia: Pessoas e Natureza em Harmonia", do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Chong destacou a busca por inovação, resiliência climática e cooperação entre as cidades amazônicas, que se reúnem no Fórum de Cidades Amazônicas. "Um dos avanços mais importantes do Fórum de Cidades Amazônicas foi o desenvolvimento de projetos-piloto voltados para enfrentar os desafios climáticos urbanos, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, por meio da iniciativa Amazônia Sempre", disse. Entre os projetos, ele destacou programas de código aberto, que usam imagens de satélite para apoiar o planejamento urbano.

A prefeita da cidade brasileira de Abaetetuba, Francineti Carvalho, disse que o grupo de municípios amazônicos tem como metas para 2026 e 2027 a consolidação da rede de cidades, tornando-as mais integradas e fortes no sentido técnico e financeiro; a resiliência e a adaptação climática e o intercâmbio e a governança regional. Por sua vez, Nora Libertun, especialista em Habitação e Desenvolvimento Urbano do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), enfatizou que as cidades são a solução, não o problema, e a falta de serviço nas zonas urbanas provoca impactos na Amazônia. O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que quem fez mais emissões e agrediu o meio ambiente foram os países desenvolvidos e, por isso, eles precisam pagar a maior parte desta conta.

É preciso mais investimentos, que são essenciais para que se possa prover as cidades com infraestruturas resilientes e sustentáveis. Segundo ele, apenas 10% dos recursos disponíveis chegam aos municípios, índice que cai a 6% no caso de fundos perdidos. O que acaba acontecendo é que o recurso fica nos grandes municípios porque eles têm técnicos e estrutura para apresentar projetos estruturados aos financiadores. Mas, se o dinheiro não chegar na ponta, não haverá infraestrutura. Ele frisou a necessidade de pessoal qualificado para estruturar os projetos. O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, afirmou que as cidades precisam de preparação para serem resilientes diante dos desastres climáticos.

O BID tem um programa piloto, aprovado recentemente, com US$ 1 bilhão, para financiar diretamente as cidades em todo o mundo para que se tornem mais resistentes diante dos extremos climáticos. Mas, o valor necessário para financiar as respostas aos eventos climáticos é de US$ 4,3 trilhões no total. O BID não apenas financia os projetos, mas também colabora em sua estruturação, dando suporte técnico, fazendo parcerias e oferecendo garantias. É preciso ter dinheiro e projetos. Algumas cidades têm mais capacidade, outras menos. O BID pode oferecer capacidade técnica a elas. É preciso preparar as cidades para que sejam resilientes contra desastres naturais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.