05/Nov/2025
A China e a Rússia anunciaram nesta terça-feira (04/11) novas medidas para fortalecer a cooperação econômica e logística, em meio à pressão de sanções impostas por países ocidentais. Os dois países decidiram ampliar o uso de suas moedas nacionais, yuan e rublo, nas transações bilaterais, reduzindo a dependência do dólar. Também prometeram maior coordenação em políticas fiscais e comerciais, e a criação de um ambiente mais estável para investimentos mútuos. O objetivo é reforçar a segurança financeira e facilitar o acesso de empresas aos mercados dos dois países.
Um dos principais pontos do acordo é a cooperação no Ártico, especialmente no transporte marítimo polar. China e Rússia afirmaram que vão melhorar a segurança da navegação, desenvolver navios e tecnologias para operar em águas geladas, treinar equipes e aumentar o volume de cargas na rota ártica. O plano busca transformar o corredor polar em uma alternativa competitiva às rotas marítimas tradicionais. O acordo sino-russo também prevê investimentos conjuntos em infraestrutura portuária e transporte marítimo, voltados à expansão das rotas do norte. A parceria reforça o interesse de ambos os países em criar alternativas comerciais seguras e reduzir a influência ocidental nas cadeias globais de suprimento.
O comunicado também cita projetos conjuntos em energia, agricultura e economia digital, além de maior atuação em fóruns multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e Brics. Segundo os governos, o objetivo é reformar o sistema financeiro internacional e ampliar a influência dos países emergentes. Na frente diplomática, China e Rússia declararam que sanções unilaterais sem aprovação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) são ilegais e prometeram atuar juntas para resistir a essas medidas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.