03/Nov/2025
De acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na sexta-feira (31/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 5,6% no trimestre encerrado em setembro. Em igual período de 2024, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 6,4%. No trimestre móvel até agosto, a taxa de desocupação estava em 5,6%. A taxa de desocupação de 5,6% registrada no trimestre terminado em setembro repetiu o patamar do trimestre terminado em agosto, mantendo-se assim no menor resultado em toda a série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012 pelo IBGE. No trimestre encerrado em setembro de 2024, a taxa foi de 6,4%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.507,00 no trimestre encerrado em setembro. O resultado representa alta de 4,0% em relação ao mesmo trimestre de 2024.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 354,6 bilhões no trimestre encerrado em setembro, alta de 5,5% ante igual período do ano passado. A massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 18,525 bilhões no período de um ano, para R$ 354,6 bilhões, uma alta de 5,5% no trimestre encerrado em setembro ante o trimestre terminado em setembro de 2024. Na comparação com o trimestre terminado em junho, a massa de renda real subiu 0,4%, com R$ 1,349 bilhão a mais. O Brasil registrou uma taxa de informalidade de 37,8% no mercado de trabalho no trimestre até setembro. O Brasil alcançou 38,748 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período. Em um trimestre, mais pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais: houve crescimento de 29 mil trabalhadores nesta situação no período.
A taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 4,4% no trimestre até setembro de 2025, ante 4,5% no trimestre até junho. Em todo o Brasil, há 4,535 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior. Na passagem do trimestre até junho para o trimestre até setembro, houve um recuo de 68 mil pessoas na população nessa condição. O País tem 497 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a menos em um ano. O Brasil registrou 2,637 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em setembro. O resultado significa 119 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em junho, um recuo de 4,3%.
Em um ano, 434 mil pessoas deixaram a situação de desalento, baixa de 14,1%. A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial. O trimestre encerrado em setembro mostrou uma abertura de 209 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em junho. Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, 1,039 milhão de vagas foram criadas no setor privado. O total de pessoas com carteira assinada no setor privado foi de 39,229 milhões de trabalhadores no trimestre até setembro, enquanto os sem carteira assinada somaram 13,498 milhões de pessoas, 41 mil a menos do que no trimestre anterior.
Em relação ao trimestre até setembro de 2024, foram criadas 569 mil vagas sem carteira no setor privado. O trabalho por conta própria ganhou a adesão de 111 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,89 milhões de trabalhadores. O resultado representa 1,029 milhão de pessoas a mais trabalhando nesta condição na comparação com o mesmo período do ano anterior. O número de empregadores diminuiu em 2 mil em um trimestre, para 4,221 milhões de pessoas. Em relação a setembro de 2024, o total de empregadores cresceu em 0,2%, número que representa um aumento de 8 mil empregadores. O País teve uma queda de 193 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,507 milhões de pessoas. O resultado representa queda de 330 mil trabalhadores ante o mesmo trimestre do ano anterior.
O setor público teve 8 mil pessoas a mais no trimestre terminado em setembro ante o trimestre encerrado em junho, para um total de 12,845 milhões de ocupados. Na comparação com o trimestre até setembro de 2024, foram abertas 299 mil vagas. No trimestre terminado em setembro, faltou trabalho para 15,804 milhões de pessoas no País. A taxa composta de subutilização da força de trabalho diminuiu de 14,4% no trimestre até junho para 13,9% no trimestre até setembro. O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até setembro de 2024, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 15,7%. A população subutilizada caiu 4,0% ante o trimestre até junho, 664 mil pessoas a menos. Em relação ao trimestre até setembro de 2024, houve um recuo de 11,4%, menos 2,028 milhões de pessoas.
O País registrou crescimento de 118 mil vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre. A população ocupada ficou em 102,433 milhões de pessoas no trimestre encerrado em setembro de 2025. Em um ano, esse contingente aumentou em 1,375 milhão de pessoas. A população desocupada diminuiu em 209 mil pessoas em um trimestre, totalizando 6,045 milhões de desempregados no trimestre até setembro. Em um ano, 809 mil pessoas deixaram o desemprego. A população inativa somou 108,478 milhões de pessoas no trimestre encerrado em setembro, 91 mil inativos a menos que no trimestre anterior. Em um ano, houve aumento de 566 mil pessoas. O nível da ocupação, percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, passou de 58,8% no trimestre encerrado em junho para 58,7% no trimestre até setembro. No trimestre terminado em setembro de 2024, o nível da ocupação era de 58,4%. O País registrou novo recorde no número de trabalhadores atuando com carteira assinada no setor privado no trimestre terminado em setembro.
O total de pessoas com carteira assinada no setor privado avançou a um ápice de 39,229 milhões de trabalhadores, 209 mil vagas a mais em um trimestre. Em um ano, esse contingente cresceu em 1,039 milhão de pessoas. O número de empregados sem carteira assinada no setor privado totalizou 13,498 milhões. O número de trabalhadores por conta própria foi de 25,890 milhões. O montante que está trabalhando no setor público ficou em 12,845 milhões de pessoas. A população desocupada renovou o piso da série histórica iniciada em 2012, descendo a 6,045 milhões de pessoas no trimestre terminado em setembro. Ao mesmo tempo, a população ocupada registrou o maior contingente já registrado, com 102,433 milhões de trabalhadores. A taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 13,9%, a mais baixa da série iniciada em 2012. A população subutilizada ficou somou 15,804 milhões de pessoas, a menor desde o trimestre terminado em dezembro de 2014. O contingente de subocupados por insuficiência de horas foi de 4,535 milhões, o mais baixo desde o trimestre até abril de 2016.
O Brasil alcançou um recorde de 67,650 milhões de trabalhadores ocupados contribuindo para instituto de previdência no trimestre encerrado em setembro. A proporção de contribuintes entre os ocupados foi de 66,0% no trimestre até setembro, ante 65,7% no trimestre até junho. Cinco das dez atividades econômicas registraram demissões no trimestre encerrado em setembro. Na passagem do trimestre terminado em junho para o trimestre encerrado em setembro, houve redução na ocupação em serviços domésticos (-165 mil), indústria (-19 mil), informação, comunicação e atividades financeiras, profissionais e administrativas (-85 mil), outros serviços (-137 mil) e comércio (-274 mil). Houve geração de postos de trabalho em administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (210 mil), transporte (17 mil), agricultura (260 mil), alojamento e alimentação (60 mil) e construção (249 mil).
Em relação ao patamar de um ano antes, houve contratações na indústria (185 mil), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (724 mil trabalhadores a mais), construção (172 mil pessoas), informação, comunicação e atividades financeiras (252 mil), transporte (371 mil), agricultura (56 mil) e alojamento e alimentação (27 mil). Houve demissões no comércio (-10 mil), outros serviços (-116 mil) e serviços domésticos (-301 mil). A massa de salários em circulação na economia renovou patamar recorde no trimestre encerrado em setembro, totalizando R$ 354,564 bilhões. O rendimento médio real dos trabalhadores também subiu ao ápice da série, para R$ 3.507,00 no período. Isso reflete a expansão da população ocupada, sendo que essa expansão também está sendo acompanhada por um crescimento no rendimento médio real dos trabalhadores. O resultado da massa de renda significou um aumento de R$ 18,525 bilhões no período de um ano, alta de 5,5% no trimestre encerrado em setembro de 2025 ante o trimestre terminado em setembro de 2024.
Na comparação com o trimestre terminado em junho de 2025, a massa de renda real cresceu 0,4% no trimestre terminado em setembro, R$ 1,349 bilhão a mais. O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma alta real de 0,3% na comparação com o trimestre até junho, R$ 10,00 a mais. Em relação ao trimestre encerrado em setembro de 2024, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 4,0%, R$ 133,00 a mais. A renda nominal, ou seja, antes que seja descontada a inflação no período, ficou estável no trimestre terminado em setembro ante o trimestre encerrado em junho. Na comparação com o trimestre terminado em setembro de 2024, houve elevação de 9,3% na renda média nominal. No terceiro trimestre, a taxa de desocupação manteve-se no mesmo patamar já registrado nos dois trimestres móveis anteriores, aqueles terminados em julho e agosto. Porém, o resultado ainda representou uma queda na série comparável, tanto em relação ao trimestre encerrado em junho quanto na comparação com o trimestre terminado em setembro de 2024.
O mercado de trabalho mostra uma sustentabilidade da população ocupada, que permite a retração na taxa de desemprego. O IBGE tem mostrado de forma recorrente alta ou estabilidade na ocupação. A sustentabilidade da ocupação ocorre em diversas atividades econômicas. A atividade econômica tem refletido sazonalidades setoriais que beneficiam o emprego, mas há influência também do crescimento da renda dos trabalhadores e aumento do consumo. Como parte significativa do consumo está ligada à renda, acaba beneficiando o mercado de trabalho, haja vista que para dar conta do consumo de bens e serviços é preciso mobilizar trabalhadores nas diferentes atividades econômicas. Alguns setores estão mais aquecidos que outros, mas, no cômputo geral, os marcadores relacionados à renda ou consumo beneficiam a manutenção ou expansão do contingente de trabalhadores no País. A população desocupada renovou o piso da série histórica iniciada em 2012, descendo a 6,045 milhões de pessoas no trimestre terminado em setembro. Ao mesmo tempo, a população ocupada registrou o maior contingente já registrado, com 102,433 milhões de trabalhadores.
No terceiro trimestre do ano, têm algumas mobilizações setoriais para dar conta da demanda e do consumo do quarto trimestre. O segmento de serviços vem recrutando mão de obra. Ainda virá um quarto trimestre que é muito marcado por uma sazonalidade favorável ao mercado de trabalho. Então é bastante prematuro dizer que em 2025 a taxa de desocupação já atingiu seu piso. Sobre os possíveis impactos no mercado de trabalho do tarifaço imposto pelos Estados Unidos a exportadores brasileiros, embora alguns segmentos produtivos tenham sido sobretaxados, como a agricultura e determinados ramos industriais, não houve reflexos na população ocupada nesses setores. A agricultura aumentou contratações, e a indústria ficou (estatisticamente) estável. No terceiro trimestre, houve abertura de 118 mil vagas no mercado de trabalho ante o segundo trimestre. O resultado foi majoritariamente puxado por ocupações formais. O total de pessoas com carteira assinada no setor privado avançou a um ápice de 39,229 milhões de trabalhadores, 209 mil vagas a mais em um trimestre. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.