24/Oct/2025
Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), os brasileiros ficaram menos propensos às compras em outubro. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) diminuiu 0,5% em relação a setembro, já descontadas as influências sazonais. O resultado representou o terceiro mês de recuos consecutivos, descendo ao patamar de 101,0 pontos, ainda na zona de otimismo. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a intenção de consumo caiu 1,9% em outubro de 2025. A pesquisa mostra que a elevada taxa básica de juros, a Selic, e a cautela com o mercado de trabalho estão detendo a confiança do consumidor.
Mesmo com os baixos índices de desemprego, a série da pesquisa indica a percepção de insegurança quanto aos próximos meses, fator que faz com que as famílias consumam menos para tentar dar conta das dívidas já criadas. Na passagem de setembro para outubro, nenhum dos sete componentes do ICF registrou melhora: emprego atual, queda de 0,6%, para 124,6 pontos; renda atual, -0,1%, para 121,1 pontos; nível de consumo atual, -1,6%, para 87,4 pontos; perspectiva profissional, -1,6%, para 111,0 pontos; perspectiva de consumo, -1,0%, para 102,8 pontos; acesso ao crédito, 0,0%, para 95,2 pontos; e momento para aquisição de bens de consumo duráveis, 0,0%, para 64,1 pontos.
Os dados de outubro reforçam a cautela dos consumidores. A necessidade do crédito para manter o consumo continua aquecendo o comércio imediato, mas a Selic mais alta afeta a inadimplência e reduz esse movimento. A propensão ao consumo diminuiu tanto entre os mais pobres quanto entre os mais ricos em outubro. No grupo com renda mensal abaixo de 10 salários-mínimos, o ICF caiu 0,5% em relação a setembro, para 98,6 pontos, na zona de insatisfação. Entre as famílias com renda superior a 10 salários-mínimos, o ICF encolheu 1,0%, para 112,9 pontos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.