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22/Oct/2025

Dólar sobe com movimento de correção e exterior

O dólar fechou esta terça-feira (21/10) em alta ante o Real, acompanhando o avanço da moeda norte-americana no exterior e com investidores recompondo posições na divisa após quatro sessões consecutivas de queda. O dólar fechou em alta de 0,37%, a R$ 5,33. No ano, porém, a divisa acumula queda de 12,76%. Após acumular uma baixa de R$ 0,10 nas últimas quatro sessões, o dólar subiu desde o início desta terça-feira (21/10), refletindo o ajuste de posições de parte dos investidores e o avanço das cotações também no exterior. Segundo a Correparti Corretora, com o dólar em queda por quatro sessões consecutivas, houve um ajuste normal de alta. No exterior, o mercado era influenciado em grande parte pela forte desvalorização do iene, após a conservadora linha-dura Sanae Takaichi ser eleita a primeira mulher primeira-ministra do Japão. Ela tem sinalizado a retomada de estímulos do governo para impulsionar a economia japonesa.

Os receios em torno de uma política fiscal mais expansionista no Japão faziam o dólar disparar ante o iene, mas também sustentar ganhos ante o euro, a libra e as divisas pares do Real, como a lira turca, o rand sul-africano, o peso chileno e o peso mexicano. Neste cenário, o dólar atingiu a maior cotação do dia, de R$ 5,40 (+0,66%), para depois voltar a oscilar abaixo de R$ 5,40, um ponto de resistência técnica importante. Em um dia de agenda esvaziada de indicadores econômicos, o mercado também esteve atento às movimentações em Brasília, onde o governo seguia em busca de uma solução para o Orçamento após o Congresso ter arquivado no início do mês a medida provisória 1303, sobre taxação de aplicações financeiras. Cálculos do Ministério da Fazenda apontam que a MP teria impacto fiscal de R$ 14,8 bilhões em 2025 e de R$ 36,2 bilhões em 2026.

Para cobrir o rombo, o governo decidiu enviar ao Congresso dois projetos de lei que abordam separadamente aspectos antes tratados na MP. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, uma das propostas tratará do controle de gastos e outra da taxação de “bets” e fintechs. Haddad também afirmou que o governo está cumprindo o arcabouço fiscal e deseja entregar o Orçamento para a próxima administração já com superávit primário. Ao mesmo tempo, criticou o nível atual da taxa básica Selic, de 15% ao ano, qualificada por ele como “excessivamente restritiva”. No mercado de câmbio, analistas têm ponderado que a manutenção da Selic em 15% ao ano e a expectativa de mais cortes de juros nos Estados Unidos favoreceram a baixa recente do dólar ante o Real. O Banco Central vendeu 40.000 contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de novembro. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,36%, a 98,965. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.