21/Oct/2025
Na opinião do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), o avanço das atividades exploratórias na Margem Equatorial não constitui obstáculo à transição energética. A entidade criada em 2018 pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) pontua que investigar o potencial exploratório na região é passo fundamental para viabilizar a reposição das reservas nacionais. Ao analisar a concessão pelo Ibama de licença para a Petrobras realizar a perfuração exploratória no bloco FZA-M-059, localizado na Bacia da Foz do Rio Amazonas, na Margem Equatorial brasileira, o Ineep diz que essa é uma oportunidade para pensar, formular e implementar novos parâmetros de desenvolvimento social e ambiental no País, bem como reposicionar o País na geopolítica global, com soberania e segurança energética.
A investigação da área também potencializa a geração de recursos para o desenvolvimento regional, fortalecendo de maneira integrada a economia e o sistema energético do País. Por isso mesmo, a exploração da Margem Equatorial não pode se submeter à lógica imediatista do mercado, voltada apenas para ganhos de curto prazo, mas como uma questão estratégica também de soberania nacional. É essencial que a região seja regulada pelo regime de partilha de produção, que assegura maior controle e coordenação do Estado sobre as atividades de exploração e produção, especialmente por meio da Petrobras. Para isso, é necessário também a reversão e anulação do 5° ciclo de oferta permanente de concessão realizado pela ANP, em 17 de junho de 2025, que, sem diálogo com a sociedade, resultou na perda de controle estatal de ativos estratégicos ao futuro do País. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.