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21/Oct/2025

China culpa tarifas pela perda de fôlego econômico

A China atribuiu a desaceleração do crescimento econômico no terceiro trimestre a "abuso de tarifas por alguns países", que, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS), teria desorganizado a ordem do comércio global e ampliado as incertezas externas. O ritmo da atividade perdeu fôlego entre julho e setembro, mas a economia chinesa mantém bases sólidas e ampla resiliência diante de um cenário internacional adverso e de ajustes internos na estrutura produtiva. O PIB chinês teve expansão anual de 4,8% no terceiro trimestre deste ano. No trimestre anterior, a economia chinesa havia avançado 5,2% no comparativo anual. A China segue como uma das principais fontes estáveis de crescimento global. A desaceleração é resultado de problemas do desenvolvimento, não de retrocesso. A China vem enfrentando pressões externas e desafios domésticos com medidas de estímulo voltadas à expansão da demanda e à modernização industrial, impulsionadas por setores como inteligência artificial (IA), robótica e energia limpa.

Para o restante do ano, o NBS afirmou que há condições favoráveis para o cumprimento das metas de crescimento, sustentadas pela continuidade das políticas fiscais e monetárias expansionistas e pelo avanço das chamadas "novas forças produtivas". A China pretende reforçar o ajuste anticíclico, ampliar a demanda interna e estimular a confiança do mercado, de modo a assegurar que a economia permaneça estável. Nesta segunda-feira (20/10), o presidente da China, Xi Jinping, fez um discurso de abertura de uma reunião do Partido Comunista, destinada a aprovar o esboço do novo plano quinquenal que definirá as metas do país para o período de 2026 a 2030. Xi expôs as propostas elaboradas pela liderança do Partido para o novo plano de desenvolvimento econômico e social. O plano surge em um momento de crescentes desafios e incertezas para a China, marcada por uma economia persistentemente fraca, restrições externas ao acesso a tecnologias avançadas e altas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos chineses.

O plano deve priorizar o desenvolvimento de alta qualidade e a inovação tecnológica, ao mesmo tempo em que garante a segurança nacional e uma distribuição mais ampla e equitativa dos benefícios do crescimento econômico. Haverá dificuldades e obstáculos no caminho, e a China pode enfrentar grandes testes. Foi destacada a necessidade de o país estar preparado para lidar com uma série de novos riscos e desafios. Analistas e investidores acompanham o encontro em busca de sinais sobre como o Partido pretende equilibrar os interesses econômicos e de segurança e até que ponto o plano indicará reformas estruturais para impulsionar o consumo e lidar com o envelhecimento populacional. A reunião, que se estende por quatro dias, reúne cerca de 200 membros titulares e 170 suplentes do Comitê Central do Partido Comunista. O texto final do plano será aprovado pelo órgão, mas os detalhes completos só devem ser divulgados em março, durante a próxima reunião anual da legislatura chinesa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.