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20/Oct/2025

Inflação dando sinais de desaceleração em outubro

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-10) subiu 0,08% em outubro, após alta de 0,21% em setembro. O indicador acumula queda de 0,98% no ano e alta de 1,60% em 12 meses. Entre os componentes do IGP-10, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) caiu 0,04% em outubro, ante aumento de 0,27% em setembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) subiu 0,48% em outubro, depois de um recuo de 0,13% em setembro. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) avançou 0,21% em outubro, ante alta de 0,42% em setembro. O período de coleta de preços para o índice de outubro foi de 11 de setembro a 10 de outubro. Os recuos nos preços de commodities agropecuárias como soja em grão (-1,22%) e bovinos (-1,40%) puxaram a deflação no atacado dentro do IGP-10 de outubro.

Houve alívio também de adubos ou fertilizantes (-2,33%), arroz em casca (-7,63%) e farelo de soja (-1,81%). Por outro lado, foram registradas pressões do café em grão (3,05%), milho em grão (2,60%), carne bovina (1,63%), carne de aves (3,21%) e laranja (5,91%). Os preços ao produtor, principalmente os agropecuários, registraram quedas expressivas em arroz (em casca), soja (em grão) e bovinos. Houve altas em milho (em grão) e café (em grão), mas com menor volatilidade, o que foi importante para a ligeira queda observada no IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo). O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) passou de um aumento de 0,27% em setembro para uma queda de 0,04% em outubro. Quanto aos diferentes estágios de processamento, o grupo de Bens Finais saiu de uma queda de 0,10% em setembro para alta de 0,45% em outubro. A taxa do grupo Bens Intermediários passou de redução de 0,35% em setembro para queda de 0,25% em outubro.

O grupo das Matérias-Primas Brutas saiu de alta de 0,95% em setembro para recuo de 0,23% em outubro. As altas nos custos da energia elétrica residencial (5,67%) e das passagens aéreas (10,93%) puxaram a aceleração da inflação ao consumidor medida pelo IGP-10 em outubro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) passou de uma queda de 0,13% em setembro para uma alta de 0,48% em outubro. No ranking de principais pressões em outubro figuraram ainda condomínio residencial (1,96%), cinema (12,86%) e seguro facultativo para veículo (2,82%). Na direção oposta, houve alívio de desodorante (-6,87%), tomate (-6,83%), batata-inglesa (-8,44%), perfume (-1,48%) e cebola (-11,85%). Em relação ao mês anterior, sete das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas: Habitação (de 0,07% em setembro para 1,41% em outubro), Educação, Leitura e Recreação (de -0,70% para 1,27%), Transportes (de -0,03% para 0,33%), Alimentação (de -0,37% para -0,12%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,02% para 0,06%), Despesas Diversas (de -0,14% para -0,12%) e Comunicação (de 0,05% para 0,06%).

O Índice de Preços do Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) deve encerrar o mês de outubro em alta de 0,38%. A expectativa é de uma moderação no ritmo de elevação na comparação com setembro, quando o IPC-Fipe avançou 0,65%. A tendência é que a alta do grupo Habitação, influenciado pela energia elétrica, vá diluindo ao longo do mês, enquanto a Alimentação deve voltar a pressionar o índice. A aceleração de Alimentação ao longo do mês tem a influência da sazonalidade do período. Por um lado, itens industrializados estão em tendência de queda, sob influência da cotação do dólar, enquanto produtos in natura, carnes e semi-elaborados seguem em trajetória de alta. A projeção é de alta de 4,6% para o IPC-Fipe em 2025. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.