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17/Oct/2025

Brasil: crise ambiental está afetando saúde infantil

De acordo com o Children’s Climate Risk Index, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), no documento “Crianças, adolescentes e mudanças climáticas no Brasil”, de 2022, secas, enchentes, queimadas e ondas de calor, fenômenos que se tornaram cada vez mais frequentes no Brasil, estão afetando diretamente a saúde física e mental das crianças. O País tem um risco médio-alto, com mais de 40 milhões de crianças e adolescentes expostos a dois ou mais riscos. Mais de 8,6 milhões de meninas e meninos brasileiros estão expostos ao risco de falta de água; e mais de 7,3 milhões estão expostos aos riscos decorrentes de enchentes de rios.

Para orientar famílias sobre como reconhecer e prevenir os riscos climáticos, o Médicos pelo Clima (movimento brasileiro que busca mobilizar a classe médica no combate às mudanças climáticas), em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), lançou uma cartilha voltada a mães, pais e cuidadores. A relação entre emergência climática e saúde também estará em debate no “Summit Saúde e Bem-Estar - Os desafios de viver mais”, no dia 21 de outubro.

Produzida por profissionais com atuação regional e experiência em pediatria e saúde, a cartilha apresenta capítulos que conectam eventos climáticos frequentes a impactos concretos na infância: inundações na Região Sul; chuvas intensas e altas temperaturas na Região Sudeste; ondas de calor na Região Centro-Oeste; secas prolongadas na Região Nordeste; e queimadas na Amazônia, na Região Norte. As ondas de calor, por exemplo, podem provocar desidratação, com sintomas como boca seca, choro sem lágrimas, ausência de urina ou urina muito escura, irritabilidade e sonolência.

Em crianças menores, o quadro pode deixar a moleira afundada e elevar a temperatura. Entre as recomendações para o cotidiano das famílias estão medidas como manter as crianças hidratadas e abrigadas em locais ventilados durante ondas de calor; evitar exposição à fumaça de queimadas (fechar janelas, reduzir atividades ao ar livre); identificar sinais de desidratação ou insolação e buscar atendimento rápido. Outro ponto é a participação em debates que possam influenciar as políticas públicas, uma carta de recomendações será entregue à presidência da COP-30. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.