16/Oct/2025

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se encontra nesta quinta-feira (16/10), às 14h, em Washington, com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio. As equipes técnicas dos dois países já se reuniram nesta quarta-feira (15/10), em uma conversa preliminar que será o primeiro filtro das negociações em torno do tarifaço dos Estados Unidos para o Brasil. A grande questão do momento é saber que pontos os Estados Unidos colocarão sobre a mesa: se apenas itens econômicos, ligados à taxação determinada pelo presidente Donald Trump e de futuras trocas de bens e serviços entre os dois países, ou também assuntos ligados a sanções a autoridades domésticas.

No fim de semana, o vice-presidente, ministro do Desenvolvimento e um dos principais articuladores pelo fim do tarifaço com os Estados Unidos, Geraldo Alckmin, se disse otimista com a possibilidade de Trump aceitar o pedido do Brasil de suspender a tarifa de 40% sobre produtos brasileiros. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com Trump por telefone na semana anterior. Há expectativa de que os líderes se encontrem pessoalmente na Malásia, no fim do mês. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, sem citar nominalmente, o deputado Eduardo Bolsonaro: “Chega de cidadãos indo para os Estados Unidos tentar inflar os norte-americanos contra nós”, afirmou.

Nesta quarta-feira (15/10), o representante comercial dos Estados Unidos (USTR), Jamieson Greer, ao ser questionado sobre tarifas contra o Brasil, defendeu a posição norte-americana de sobretaxar os produtos em 50%. "Deste valor, 10% são parte das tarifas recíprocas e os outros 40% são justificados por outras preocupações emergenciais identificadas pelo governo dos Estados Unidos", disse. Segundo as autoridades norte-americanas, essas "preocupações emergenciais" seriam supostas violações de leis internacionais, direitos humanos, controle político de informações, detenção ilegal de cidadãos norte-americanos em solo brasileiro, entre outras infrações. Porém, não foram apresentadas provas das acusações. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.