15/Oct/2025
Segundo o Itaú BBA, os principais modelos meteorológicos indicam aumento no volume e melhor distribuição das chuvas nos próximos dias nas principais regiões produtoras do Brasil, o que deve acelerar o ritmo do plantio de grãos na Região Centro-Oeste. A confirmação do fenômeno La Niña pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) traz expectativa de chuvas mais regulares para o Centro-Oeste e parte da Região Sudeste, embora exija atenção especial à Região Sul do País. Apesar de as chuvas ainda ocorrerem de forma irregular, os principais modelos meteorológicos (norte-americano e europeu) convergiram em suas projeções, indicando aumento no volume e melhor distribuição das precipitações nos próximos dias. Essa mudança deve acelerar o ritmo do plantio de grãos nas principais regiões produtoras.
Para o café e laranja, uma maior consistência e boa distribuição das chuvas são necessárias para a uniformidade das floradas. A NOAA anunciou a transição climática de neutro para La Niña em setembro. A expectativa é que essas condições se mantenham até o início de 2026, com impactos distintos nas regiões produtoras. No Brasil, historicamente, o fenômeno La Niña tende a trazer chuvas mais regulares para a Região Centro-Oeste e parte da Região Sudeste, o que pode beneficiar o desenvolvimento inicial da soja nessas regiões. No entanto, a Região Sul do País merece atenção especial, pois o fenômeno costuma estar associado a redução das chuvas e maior risco de estiagens prolongadas, especialmente no Rio Grande do Sul e em parte de Santa Catarina. Apesar da característica do fenômeno, de irregularidade das chuvas para Região Sul do País, nesse momento, diante de um quadro de La Niña de fraca intensidade, os mapas de projeção de chuvas para os próximos meses apontam, no acumulado da safra, volume suficiente para boa produção na região, inclusive no Rio Grande do Sul.
As chuvas começaram a retornar em outubro, com registros especialmente no interior de São Paulo e em partes da Região Centro-Oeste. Essa mudança deve acelerar o ritmo do plantio de grãos nas principais regiões produtoras, que vinha limitado pela irregularidade das precipitações em setembro. Em Mato Grosso, o avanço inicial foi restrito, enquanto São Paulo e Minas Gerais enfrentaram déficit hídrico. Para as culturas perenes, a expectativa é de que a regularização das chuvas permita floradas mais uniformes. No café, as primeiras chuvas estimularam a florada, mas a falta de continuidade tem preocupado os cafeicultores. Para laranja, as chuvas ainda não foram suficientes para garantir florada uniforme, e uma maior consistência nos próximos dias será determinante para o desenvolvimento dos frutos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.