15/Oct/2025

O volume total de recursos concedidos e contratados em financiamentos agropecuários no âmbito do Plano Safra 2025/2026 alcançou R$ 186,92 bilhões no acumulado de julho a setembro deste ano. O valor é 5% maior que o total reportado em igual período da temporada anterior, de R$ 177,878 bilhões. A cifra inclui operações de custeio, investimento, comercialização, industrialização e Cédulas de Produto Rural (CPRs). O Plano Safra tem R$ 516 bilhões para agricultura empresarial e R$ 78 bilhões para agricultura familiar até julho de 2026, sendo o Pronaf e o Pronamp com 100% das taxas controladas.

O Plano Safra está tendo desempenho gradativo. Os números de recursos contratados e concedidos são diferentes dos valores liberados, reportados pelo Banco Central. Somente na agricultura empresarial, os recursos contratados e concedidos estão 3% acima do ano passado, a R$ 160,750 bilhões ante R$ 155,323 bilhões do ciclo passado, considerando os recursos que serão liberados ao longo de outubro e foram contratados até 30 de setembro. Os recursos contratados e concedidos no primeiro trimestre da safra no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) somaram R$ 26,157 bilhões, aumento de 3% ante ano-safra anterior.

No Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), alcançaram R$ 27,906 bilhões, recuo de 4% em um ano; para grandes produtores atingiram R$ 77,009 bilhões, retração de 1%; e por CPRs somaram R$ 55,852 bilhões, aumento de 14% em um ano. Programas de investimento, de forma geral, mostram desempenho pouco inferior, em virtude do momento de instabilidade. O produtor fica mais cauteloso e agentes financeiros também mais seletivos na concessão de crédito, mas mesmo assim recursos contratados e concedidos para financiamentos de armazéns desempenharam mais que o dobro do ano passado, enquanto para cooperativas cresceram 277%.

As Letras de Crédito do Agronegócio seguem como a principal fonte de financiamento da agricultura empresarial, representando 62% dos recursos direcionados, equivalente a R$ 321 bilhões dos R$ 516 bilhões disponíveis na safra. Qualquer retrocesso na captação de recursos dessa fonte traria comprometimento na disponibilidade de recursos do Plano Safra. Por ora, é uma fonte bastante acionada. Foi refutado o argumento de que os produtores não estão tendo acesso aos recursos do Plano Safra, o que é alegado por entidades do setor produtivo. Há produtores que não têm acesso e o governo busca melhorar a situação de acesso a esses produtores rurais, mas a maioria tem acesso. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.