15/Oct/2025

De acordo com o relatório Encruzilhada Climática, divulgado no dia 13 de outubro, pela Oxfam Brasil (organização não governamental que atua com desenvolvimento socioambiental e temas afins), só 0,34% do orçamento federal foi para atividades na área da gestão ambiental no ano de 2023. Na prática, a cada R$ 300,00 do orçamento federal naquele ano, menos de R$ 1,00 foi destinado diretamente à proteção do meio ambiente.

A Oxfam Brasil acredita que “setores que intensificam a crise climática” estariam sendo privilegiados na distribuição de recursos, em detrimento da proteção das pessoas e territórios em maior vulnerabilidade. O documento menciona, por exemplo, que a falta de investimentos em adaptação climática coloca em risco principalmente as populações historicamente mais vulneráveis. O estudo aponta ainda que a abordagem do Estado brasileiro ainda é predominantemente reativa, em vez de focar investimentos preventivos. Ou seja, o governo tende a atuar quando a crise já está posta e não no sentido de prevenir desastres. As enchentes do Rio Grande do Sul em 2024 são citadas como exemplo.

Além disso, cerca de 12% dos R$ 185 bilhões previstos no Plano Plurianual (PPA) 2024-2027 para ações climáticas são destinados à adaptação, área tida como essencial para proteger comunidades em situação de vulnerabilidade. Com isso, o percentual deveria ser maior. A Oxfam pede a incorporação dos recortes de raça, gênero e território em todas as políticas climáticas. Também recomenda direcionar recursos de adaptação para territórios vulneráveis. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.