14/Oct/2025
Após disparar mais de 2% na sessão anterior, o dólar passou por ajustes no Brasil nesta segunda-feira (13/10) e encerrou abaixo dos R$ 5,50, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aliviou o discurso em relação à China. A moeda norte-americana fechou com baixa de 0,79%, a R$ 5,46. No ano, a divisa acumula queda de 11,63%. Na sexta-feira (10/10), Donald Trump anunciou uma tarifa de 100% sobre os produtos comprados da China e a imposição de controles de exportação ao país asiático de softwares críticos, em mais um episódio da guerra comercial entre as duas nações. Um dia antes, a China já havia elevado o controle sobre a exportação de terras raras (materiais essenciais para vários setores da indústria norte-americana). No domingo (12/10), porém, Trump adotou um tom conciliador, dizendo que os Estados Unidos não querem prejudicar a China.
Comentários do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, nesta segunda-feira (13/10) reforçaram a mensagem de acomodação. “Houve uma desescalada significativa da situação", disse Bessent. "O presidente Trump disse que as tarifas não entrarão em vigor até 1º de novembro. Ele se reunirá com o presidente do partido, Xi Jinping, na Coreia do Sul. Acredito que essa reunião ainda será realizada", disse Bessent. Em reação, os investidores foram em busca de ativos de maior risco, como ações e moedas de países emergentes, entre elas o Real, o rand sul-africano, o peso mexicano e o peso chileno. A menor cotação da sessão foi de R$ 5,44 (-1,11%). Ainda assim, a divisa esteve longe de devolver todo o avanço visto na sexta-feira (13/10), após Trump ameaçar a China. Segundo a Nomad, a combinação de bolsas em alta, valorização de moedas emergentes e recuperação das commodities, especialmente petróleo e minério de ferro, favorece o Real.
O principal impulso vem do tom mais brando de Donald Trump em relação à China, após recuar da ameaça de impor tarifas de 100%, o que reduziu as tensões comerciais. O feriado do Dia de Colombo nos Estados Unidos, que manteve o mercado de Treasuries fechado, limitou a liquidez global. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes, subia 0,25%, a 99,297, afetado pela queda do euro. O Banco Central realizou dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) simultâneos, para rolagem do vencimento de 4 de novembro. Foram vendidos US$1 bilhão nas operações. Além disso, o Banco Central vendeu 40.000 contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 3 de novembro. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.