14/Oct/2025
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou que a tarifa de 100% contra bens da China não precisa ser efetivada. As linhas de conversas com autoridades chinesas foram reabertas e estão em andamento nesta semana, após a ameaça do presidente norte-americano, Donald Trump, na sexta-feira (10/10). Bessent argumentou que a decisão de recolocar controles de exportação sobre bens de terras raras pode não ter vindo do presidente chinês, Xi Jinping, mas sim de uma ala mais rígida do governo chinês. O secretário afirmou que, neste caso, os norte-americanos preferem negociar e resolver os problemas na cadeia de oferta por meio do diálogo, se possível.
"Temos outras cartas além de tarifas, mas não queremos exaltar nosso poder e nossas ferramentas", disse, classificando as relações comerciais sino-americanas como "boas". Bessent, contudo, reiterou que irá rejeitar os requisitos de licenciamento para exportação da China e continuará a defender ajustes na cadeia de suprimentos global para garantir a segurança nacional dos Estados Unidos. "Vamos ver se a China quer se tornar uma fornecedora confiável de terras raras. Estamos investidos em modelar um caminho para garantir a segurança no processamento dos bens e preços justos", afirmou. "Não podemos ter livre mercado quando temos um ator estatal destruindo a capacidade industrial do mercado".
Para a Capital Econômicos, a mais recente disputa comercial entre a China e os Estados Unidos ainda pode se dissipar se prevalecerem "cabeças frias", e a reunião planejada entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping na cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) no final do mês pode fornecer uma saída. Contudo, há claramente um risco de que ambos os lados possam se manter firmes, esperando que o oponente ceda primeiro. Embora a economia da China tenha se mostrado mais resiliente diante das tarifas dos Estados Unidos do que muitos temiam, ainda há um potencial significativo de desvantagem com um rompimento mais profundo com o país norte-americano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.