13/Oct/2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma tarifa de 100% à China, a partir de 1° de novembro, além das que estão sendo cobradas atualmente. Em publicação em rede social, o republicano também anunciou controles de exportações sobre "todo e qualquer software crítico". Trump justificou a medida dizendo que a China "assumiu uma posição extraordinariamente agressiva" ao informar que, a partir de 1º de novembro de 2025, irá impor controles de exportação em larga escala a praticamente todos os produtos que fabrica. "Isso afeta todos os países, sem exceção, e foi obviamente um plano elaborado por eles anos atrás. É absolutamente inédito no Comércio Internacional e uma vergonha moral em relação a outras nações", escreveu na postagem.
O republicano afirma que a nova alíquota norte-americana para a China será válida a partir de 1º de novembro, mas pode ser adiantada, "dependendo de quaisquer ações ou mudanças futuras tomadas pela China". De outro lado, a China justificou que o fortalecimento do controle de exportações de itens e tecnologias ligados às terras raras tem como objetivo "proteger melhor a segurança e os interesses nacionais" e "cumprir as obrigações internacionais de não proliferação". As declarações são do Ministério do Comércio, que comentou o anúncio de dois novos regulamentos impondo licenças obrigatórias para produtos que contenham componentes ou tecnologias chinesas, mesmo quando fabricados fora do país. As medidas têm "alcance limitado" e são compatíveis com práticas internacionais, já que os materiais em questão têm "uso civil e militar".
O governo chinês afirmou que as exportações destinadas a "atendimento médico emergencial, resposta a crises de saúde pública ou socorro a desastres naturais" ficarão isentas da exigência de licença, e que haverá um período de transição para contratos em vigor. Algumas organizações e indivíduos estrangeiros vinham obtendo ilegalmente tecnologias chinesas e as repassando a setores militares ou sensíveis, o que teria causado "graves danos ou potenciais ameaças à segurança e aos interesses nacionais da China". Por isso, o governo chinês decidiu agir para impedir o uso indevido desses materiais e preservar a estabilidade internacional. As terras raras (usadas em baterias, semicondutores e equipamentos de defesa) tornaram-se um dos pontos mais sensíveis da disputa tecnológica entre China e Estados Unidos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.