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03/Oct/2025

Dólar sobe com temor fiscal e em linha com exterior

O dólar fechou esta quinta-feira (02/10) em alta ante o Real, acompanhando o avanço da moeda norte-americana no exterior após a paralisação parcial do governo dos Estados Unidos. Uma piora na avaliação do risco fiscal do Brasil, que impactou diretamente o mercado de DIs (Depósitos Interfinanceiros), também deu impulso ao dólar ante o Real. O dólar encerrou a sessão em alta de 0,23%, a R$ 5,34. No ano, a divisa acumula queda de 13,58%. A moeda norte-americana chegou a ceder ante o Real no início da sessão, após a aprovação pela Câmara, na véspera, da isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, com desconto para quem recebe até R$ 7.350,00.

Ainda que a estimativa seja de que a mudança gere uma perda de arrecadação de R$ 25,8 bilhões, o texto prevê a compensação com aumento da taxação de quem ganha acima de R$ 50 mil por mês. A proposta vai agora ao Senado. Enquanto a moeda norte-americana também cedia no exterior, o dólar marcou a cotação mínima intradia de R$ 5,30, logo após a abertura. Mas, a divulgação de um novo dado de emprego nos Estados Unidos deu força à moeda norte-americana no Brasil e no exterior. Um indicador calculado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mostrou que a taxa de desemprego nos Estados Unidos provavelmente foi de 4,3% em setembro, igual ao verificado em agosto.

Como a divulgação do relatório payroll, prevista para esta sexta-feira (03/10), pode não ocorrer em razão da paralisação do governo dos Estados Unidos, os investidores se apegaram ao dado do Fed. O impulso para o dólar se intensificou no Brasil, em meio a uma piora da percepção sobre a situação fiscal brasileira. Circularam pelas mesas de operadores rumores de que o governo Lula estaria estudando a possibilidade de um programa federal para implementar tarifa zero em transporte coletivo de passageiros em todo o Brasil.

O receio de que iniciativas como essa possam se multiplicar com a proximidade do ano eleitoral, gerando mais gastos para o governo, deu força às taxas dos DIs e ao dólar, pesando sobre o Ibovespa. Na máxima do dia, o dólar foi cotado em R$ 5,37 (+0,86%). Passado estresse, o dólar perdeu força ante o Real, mas ainda assim se manteve em alta até o fechamento, em sintonia com o avanço no exterior. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,11%, a 97,832. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.