03/Oct/2025
O Bradesco prevê financiar a recuperação de 200 mil hectares de pastagens degradadas com recursos captados no Eco Invest, iniciativa do Tesouro Nacional para impulsionar financiamentos de projetos de transição ecológica no País. O Bradesco vai operar cerca de R$ 3,5 bilhões em recursos com blended Finance do Eco Invest para recuperar mais de 200 mil hectares de pastagens degradadas com compromissos de sustentabilidade ambiental. Ao todo, o leilão do Eco Invest prevê recuperar 1 milhão de hectares de pastagens degradadas e convertidas em sistemas de produção sustentáveis.
As primeiras operações devem ocorrer ainda neste último trimestre do ano, após desembolso dos recursos pelo Tesouro. As condições das linhas de crédito já estão definidas. As taxas de juros vão depender do prazo de pagamento contratado, mas podem ficar abaixo de dois dígitos e não somente atreladas a taxas pré-fixadas. A estratégia do banco é ofertar os financiamentos diretamente a agroindústrias e produtores rurais e a "empresas âncoras" que ajudarão na pulverização dos recursos, como cooperativas ou empresas integradoras das cadeias. A ideia é atingir o maior número de hectares possíveis, respeitando os critérios de distribuição dos recursos e biomas e culturas, previstos no edital do leilão.
Não haverá tíquete mínimo para as operações, mas a tendência é que sejam tíquetes elevados de contratos, em virtude da distribuição por "fundos âncoras". Para acessar o crédito, produtores e agroindústrias terão de seguir todos os critérios socioambientais previstos como contrapartida aos financiamentos. No Bradesco, os projetos de financiamentos do Eco Invest serão acompanhados pela diretoria de Agronegócios, diretora de Sustentabilidade e Banco de Investimentos (BBI). A meta do banco é direcionar R$ 350 bilhões em negócios sustentáveis até o fim de 2025. Até julho, R$ 334 bilhões já haviam sido desembolsados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.