03/Oct/2025
Segundo o Ministério da Agricultura, a recuperação de 40 milhões de hectares de pastagens degradadas e conversão em sistemas produtivos exige investimento de cerca de US$ 60 bilhões, aproximadamente R$ 300 bilhões. O programa Caminho Verde Brasil tem como meta recuperar 40 milhões de hectares degradados em dez anos. O leilão do Eco Invest mobilizou R$ 30 bilhões de recursos, 10% do total necessário de investimentos. O cálculo de investimento inclui gastos com correção de solo, adequação ambiental e custeio. A expectativa era mobilizar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões de recursos por meio do Eco Invest para recuperar 1 milhão de hectares degradados. O apetite dos bancos foi muito bom. O programa tem requisitos fundamentais de sustentabilidade que devem ser cumpridos pelos produtores rurais para acessar aos recursos em financiamentos.
A captação de recursos será a taxas atrativas. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o mundo terá a meta de recuperar 100 milhões de hectares de pastagens degradadas até 2030. O desafio já anunciado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) deve ser apresentado pela instituição junto ao Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30). A proposta será de um mutirão global para alcance da meta. Um terço do solo do mundo encontra-se em estado de degradação devido a práticas agrícolas insustentáveis. Há um imenso potencial de sequestro de carbono nessas áreas. Nessa área degradada, é possível aumentar a produção global de alimentos em 58% com a conversão das terras para sistemas de produção e fixar 2,5 toneladas de carbono equivalente a cada 50 milhões de hectares convertidos. Ainda, a Embrapa alertou que não se pode confundir mudanças no uso da terra e florestas com uso da terra por agricultura.
Todos os setores e países terão de repactuar a sua política de emissões. O peso maior vem da mudança do uso da terra, mas uma coisa são os efeitos das mudanças do uso da terra e de florestas, o que inclui até mesmo atividades ilegais, e outra é confundir mudança do uso da terra com uso da terra por agricultura. Há dois cenários trabalhados pelos cientistas, de aumento médio de 6ºC na temperatura global e o mais otimista que é a meta de elevação média de 1,5ºC. Receber a COP30 na Amazônia é muito importante. É um ano de grande oportunidade para posicionar a agricultura e dizer que o Brasil exporta alimentos, tecnologias e inovação, compartilhando isso em agenda global e apresentando a agricultura como parte da solução para a crise climática. Um dos desafios em curso é levar o acesso das tecnologias especialmente para agricultura familiar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.