02/Oct/2025

Após oscilar abaixo dos R$ 5,30, o dólar se recuperou ante o Real e fechou esta quarta-feira (1º/10) praticamente estável no Brasil, enquanto no exterior a moeda norte-americana cedia ante a maior parte das demais divisas, na esteira de novos dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos. O dólar encerrou em leve alta de 0,10%, a R$ 5,32. No ano, a divisa acumula queda de 13,77%. No início da sessão o dólar cedia ante boa parte das demais divisas, com o mercado repercutindo a paralisação parcial do governo dos Estados Unidos, após republicanos e democratas não chegarem a um acordo sobre um projeto de Orçamento.

O impasse afetará a divulgação de dados econômicos de órgãos públicos norte-americanos, o que inclui os números sobre pedidos de auxílio-desemprego programados para esta quinta-feira (02/10) e o relatório de empregos payroll previsto para esta sexta-feira (03/10). O viés negativo para a moeda norte-americana se intensificou após o Relatório Nacional de Emprego da ADP mostrar que o setor privado dos Estados Unidos fechou 32.000 postos de trabalho no mês passado, depois de um declínio de 3.000 em agosto, em dado revisado para baixo. Economistas previam abertura de 50.000 postos, depois da criação de 54.000 vagas relatada anteriormente em agosto.

Neste cenário, o dólar marcou a menor cotação do dia, de R$ 5,29 (-0,53%). Mas, depois, o dólar se reaproximou da estabilidade no Brasil, passando a registrar leves altas em alguns momentos e atingiu pico intradia de R$ 5,33 (+0,28%). Para a Nomad, o diferencial de juros favorável ao Brasil, com uma taxa básica Selic a 15%, ante taxas em queda nos Estados Unidos, influenciou a cotação local do dólar. Em contraste com a queda dos yields dos Treasuries, o diferencial de juros reforça a atratividade do Real no curto prazo. No exterior, o índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,08%, a 97,755. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.