02/Oct/2025
Segundo a Syngenta, a agricultura brasileira deve avançar sobre as áreas de pastagens degradadas, se apoiando principalmente no modelo lavoura-pecuária-floresta. É uma oportunidade de expandir a agricultura sem desmatar. As pastagens ocupam 19% do território nacional, ante 9% da agricultura/silvicultura, 66% de florestas nativas e 0,5% de áreas urbanizadas. Para endereçar o problema das áreas degradadas, a Syngenta criou um programa chamado de Reverte. O primeiro passo é verificar, do ponto de vista do agricultor, os investimentos e a estrutura necessários para transformar as áreas de pastagem degradadas em agricultura sustentável.
Foi formado, então, um grupo de trabalho com agricultores de Mato Grosso e, depois, uma pesquisa ampla. Além das questões de melhores práticas, sementes adaptadas para áreas degradadas, ferramentas digitais e benefícios das práticas ESG, os agricultores trouxeram, como maior dificuldade, obter financiamento. O investimento nas áreas para conversão é muito alto, pois é necessário infraestrutura, maquinário, equipamentos, correção de solo. A margem do agricultor não é suficiente para pagar em poucos anos. A Sygenta criou um "business case" e chamou dez bancos para discutir.
No encontro, a solicitação era para prazo longo, sem carência, garantias pequenas e juros baixos. A maior parte das instituições não se interessou, mas o Itaú decidiu fornecer crédito a participantes do projeto. A Fundação Cabral apontou que o agronegócio sustentável regenerativo se conecta ao mercado de carbono. Os projetos precisam ser certificados e devem ser escaláveis. O desenvolvimento do mercado de carbono no Brasil é positivo. A tendência é que o volume de créditos de carbono aumente e alcance US$ 10 bilhões a US$ 12 bilhões em 2030. O Brasil deve responder por metade disso. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.