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30/Sep/2025

Frísia planeja investimento para dobrar de tamanho

A Frísia Cooperativa Agroindustrial, de Carambeí (PR), planeja investimentos da ordem de R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos, para sustentar a expansão dos negócios no Paraná e em Tocantins. A cooperativa, que celebrou 100 anos em agosto, espera sair de uma receita de R$ 5,79 bilhões em 2024 para R$ 13 bilhões até 2030. Para este ano, a previsão é alcançar faturamento de R$ 5,9 bilhões, com lucro de pelo menos R$ 240 milhões. A expansão envolve todas as áreas de negócios: produção de leite, carne suína, grãos, sementes e florestal. A Frísia também pretende se valer de parcerias com outras cooperativas, estratégia que já adota em algumas áreas, para avançar na verticalização da produção. Para o planejamento estratégico até 2030, a intenção é focar no crescimento, para suportar a produção dos cooperados e agregar mais valor.

A cooperativa vai buscar financiamento para parte dos projetos, com recursos do Plano Safra, do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). O maior investimento será na instalação de uma esmagadora de soja, com capacidade para processar entre 3 mil toneladas e 3,5 mil toneladas de soja por dia. A indústria será construída em parceria com outras cooperativas. A Frísia negocia com outras cinco cooperativas (Agrária, Castrolanda, Capal, Bom Jesus e Coopagrícola) o investimento conjunto. O investimento final da Frísia vai depender de quantos sócios e quanto cada um pretende aportar no projeto. A esmagadora de soja funcionará como empresa, tendo as cooperativas como sócias, com participações proporcionais aos aportes de cada uma. A cooperativa também prevê investir entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões na ampliação de sua capacidade de armazenagem no Paraná e Tocantins.

A intenção é ampliar a capacidade em 90 mil toneladas, sobre as atuais 667 mil toneladas de grãos. Pelo menos R$ 100 milhões serão investidos em Tocantins, onde a Frísia espera ter crescimento mais acelerado, com a adesão de novos cooperados. A Frísia pretende sair de uma área plantada em Tocantins de 40 mil hectares para 72 mil hectares até 2030. Naturalmente, vai precisar de mais espaço para estocar e armazenar os grãos. A cooperativa tem atualmente 139 cooperados em Tocantins. No Paraná, são 938, com uma área de cultivo em torno de 158 mil hectares. No ano passado, a produção pelos cooperados da Frísia alcançou 826,8 mil toneladas de grãos, entre soja, milho, trigo, cevada, sorgo, gergelim e feijão. Na área de sementes, o plano da Frísia é investir R$ 50 milhões na instalação de uma estrutura para beneficiamento e armazenagem refrigerada de sementes de soja, trigo e cevada.

Também trabalha a intercooperação na área de sementes, inicialmente com a Castrolanda. A ampliação da fábrica de rações da Frísia também está prevista e deve demandar R$ 30 milhões. Em 2024, a indústria produziu 239 mil toneladas de rações para atender os criadores de bovinos e suínos cooperados. Esses negócios vão avançar e dar bastante sustentação ao crescimento. Para alavancar o crescimento e acelerar a industrialização, a estratégia da Frísia tem sido fazer parcerias com outras cooperativas. É sócia da Agrária, da Castrolanda, da Capal, da Bom Jesus e da Coopagrícola na Maltaria Campos Gerais, instalada em Ponta Grossa (PR), que teve investimento de R$ 1,6 bilhão. A maltaria começou a operar em 2024 e tem capacidade para produzir 240 mil toneladas de malte por ano. A cooperativa também opera com a Castrolanda e a Capal, por meio da Unium, um moinho em Ponta Grossa, que fornece farinha de trigo para indústrias de panificação, massas e biscoitos.

No momento, está em estudo também a produção de alimentos prontos para os clientes industriais, como biscoitos. Ainda por meio da Unium, é feita a produção e a comercialização de leite. No ano passado, a Frísia produziu 362,2 milhões de litros de leite, com expansão de 8,24%. A Unium produz laticínios com as marcas Colaso, Colônia Holandesa e Naturalle. Os aportes planejados pela Frísia até 2030 preveem também a ampliação da unidade produtora de leitões, de 5,5 mil matrizes atualmente para até 8 mil matrizes. A intenção é construir uma nova linha de produção de suínos, além da modernização da fábrica atual. Na área de manejo florestal, a Frísia registrou 73 mil toneladas de produção florestal no ano passado. A cooperativa adquiriu 300 hectares e arrendou 230 hectares para ampliar as áreas de plantio. A cooperativa pretende investir em um picador novo, para produção de cavacos de madeira. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.