ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

26/Sep/2025

Inflação de setembro dando sinais de aceleração

De acordo com dados divulgados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) subiu 0,48% em setembro, após ter recuado 0,14% em agosto. Com o resultado, o IPCA-15 registrou um aumento de 3,76% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 5,32%, ante taxa de 4,95% até agosto. O IPCA-15 de setembro é o maior para o mês desde 2021, quando foi registrada uma alta de 1,14%. Também é o mais alto desde março de 2025, quando o indicador variou 0,64%. No acumulado em 12 meses, foi a maior alta desde maio deste ano (5,40%). Os preços de Alimentação e bebidas caíram 0,35% em setembro, após queda de 0,53% em agosto. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,08% para o IPCA-15. Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,63% em setembro, após ter recuado 1,02% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,36%, ante alta de 0,71% em agosto.

Foi o quarto mês consecutivo de variação negativa na alimentação no domicílio, mas o recuo desta leitura foi menos intenso do que o observado em agosto (-1,02%). Contribuíram para esse resultado as quedas de tomate (-17,49%); cebola (-8,65%); arroz (-2,91%) e café moído (-1,81%). Houve alta nas frutas, que subiram, em média, 1,03%. A alimentação fora do domicílio desacelerou o ritmo de alta em relação a agosto (0,71%). Houve altas menos intensas do lanche (1,44% para 0,70%) e refeição (de 0,40% para 0,20%). Os preços de Habitação subiram 3,31% no IPCA-15 de setembro, após uma queda de 1,13% em agosto. Foi o grupo com maior impacto positivo do indicador (0,50%). A energia elétrica, principal impacto do grupo, subiu 12,17% nesta leitura, respondendo, individualmente, por uma pressão de 0,47% no índice como um todo. O item foi afetado, além da vigência da bandeira tarifária vermelha 2, pela devolução do chamado bônus de Itaipu, que concedeu desconto nas tarifas do mês anterior.

Houve alta de 0,02% na taxa de água e esgoto. A principal pressão altista do IPCA-15 partiu de energia elétrica, que teve alta de 12,17% no mês, impactando individualmente o índice com uma alta de 0,47%. Os outros dois vetores de alta mais importantes foram Plano de saúde (variação de 0,50% e impacto altista de 0,02%) e aluguel residencial (0,53% e 0,02%). Na outra ponta, puxaram o índice para baixo seguro voluntário de veículo (-5,95% e -0,05%); tomate (-17,49% e -0,05%); cinema, teatro e concertos (-4,78% e -0,02%); passagem aérea (-2,61% e -0,02%) e arroz (-2,91% e -0,02%). Dos nove grupos pesquisados, cinco tiveram alta em setembro: Habitação (3,31%); Vestuário (0,97%); Saúde e cuidados pessoais (0,36%); Despesas pessoais (0,20%) e Educação (0,03%). Todas as 11 regiões pesquisadas tiveram alta nos preços neste mês. A maior variação foi registrada em Recife - PE (0,80%), por conta das altas de energia elétrica (10,69%) e gasolina (4,78%). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.