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25/Sep/2025

COP30: tema da agricultura tropical deve avançar

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) afirmou que a expectativa do setor agropecuário é de que a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) avance no tema da agricultura tropical. Para que se tenha reconhecimento das particularidades da agricultura tropical e de padrões adequados à agricultura tropical. A CNA tem três propostas principais para a COP dentre a agenda de ação, que deve ser proposta pela Presidência da COP30. As recomendações dessa agenda atuarão como uma “NDC global”, servindo de guia para o cumprimento da meta de aumento da temperatura média do planeta em 1,5ºC e promovendo maior alinhamento à ambição climática.

Recomenda a inclusão das ações da agropecuária em mitigação e adaptação, a criação de um mandato sobre agricultura tropical dentro do Acordo de Paris e o reconhecimento das ações da agricultura tropical nos resultados globais. A entidade defendeu ainda o reconhecimento da agricultura como a maior provedora de soluções climáticas tanto na mitigação quanto na adaptação climática. Os países estão trabalhando para aprovar metas globais de adaptação e nelas deve estar o reconhecimento da agricultura. Também é necessário superar o gargalo do financiamento para projetos climáticos para a implementação da ação climática em nível global.

A CNA propõe a criação de mecanismos financeiros adequados, com condições diferenciadas de crédito, seguro climático e redução dos custos de endividamento para que o financiamento chegue diretamente aos produtores rurais e facilite a implementação de tecnologias de baixo carbono. A CNA entregou o posicionamento do setor agropecuário brasileiro para a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) para o enviado especial para a Agricultura, ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, para a presidente da Embrapa, Silvia Massruha, e ao presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, senador Zequinha Marinho (Podemos-PA).

A CNA defende que os produtores rurais brasileiros sejam reconhecidos como agentes no fornecimento e na implementação de soluções climáticas para o alcance das metas brasileiras e potencialmente para as metas globais de redução de emissão de gases ligados ao efeito estufa. A entidade criticou aqueles que, no debate sobre desmatamento, “querem brincar com o produtor rural brasileiro”. O Agro não precisa desmatar. A irregularidade é feita pela marginalidade e não pelos produtores rurais. No posicionamento, a CNA pede que as particularidades da agricultura tropical sejam consideradas e que ganhem escala como solução imediata aos desafios do clima. A confederação pleiteia ainda que os meios para implementar medidas de mitigação e adaptação sejam suficientes para exercer o potencial do setor. Essas posições devem ser adotadas nas negociações. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.