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25/Sep/2025

COP30: chance para Brasil defender biocombustíveis

A menos de 50 dias para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), a Be8 mantém conversas para que seu biocombustível, Be8 BeVant, seja adotado como solução de descarbonização no curto prazo. O foco são as emissões geradas por equipamentos empregados na organização da cúpula. O Brasil tem a chance de mostrar que os biocombustíveis são a maneira mais efetiva e comprovada, por certificações internacionais, de fazer a transição energética. E o Brasil pode mostrar uma COP em que, de fato, vai haver a descarbonização das atividades. O Decreto 12.629 formaliza o Acordo de País-Anfitrião da COP30, com ênfase em metas de descarbonização. O texto, publicado e assinado pela Presidência da República na última semana, determina que a conferência não gere impacto climático negativo, exigindo ações para evitar, reduzir ou neutralizar emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Um dos pontos do documento prevê prioridade ao uso de fontes de energia de baixo carbono e renováveis, como biodiesel e óleo vegetal hidrotratado (HVO), em substituição ao diesel em geradores.

A empresa, vinculada ao Grupo ECB e líder do mercado nacional de biodiesel, informa que o uso do BeVant permite reduzir de 84% a 99% as emissões, a depender da metodologia de avaliação (GHG Protocol ou RenovaBio, por exemplo). O produto é indicado para substituir combustíveis fósseis em qualquer motor ciclo-diesel sem adaptação dos equipamentos e sem exigir mudanças na infraestrutura de abastecimento. Em outras palavras, pode ser aplicado puro (100%) em caminhões, ônibus, máquinas de construção, carregadeiras, geradores de energia elétrica e guindastes em operação, entre outros. É uma solução efetiva, desenvolvida com tecnologia nacional e matérias-primas sustentáveis, escalável e economicamente viável. A molécula é fabricada na unidade de Passo Fundo (RS). A planta teve a produção do Be8 BeVant autorizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em novembro de 2024. A COP30 deve ser vista como projeto de longo prazo e um compromisso real de implementação de ações.

Ressalta-se ainda a importância de o evento servir de vitrine para os “avanços robustos” do Brasil em biocombustíveis. São poucos países que podem mostrar um histórico como o do Brasil, construído desde o Programa Nacional do Álcool (Proálcool). O consumidor tem opção com veículos flex. O Brasil está pronto para oferecer o biocombustível, inclusive, para o transporte marítimo. Nem mesmo os Estados Unidos, com o etanol de milho, tem exemplos tão robustos e isso precisa ser evidenciado na COP. O embaixador André Corrêa do Lago, escolhido para presidir a cúpula no Brasil, não menciona os biocombustíveis em nenhuma das sete cartas enviadas aos países que participarão da conferência em novembro. Contudo, ele já declarou à imprensa que os biocombustíveis terão centralidade no debate. Ainda conforme o Decreto 12.629, o governo deverá adotar sistema de gestão ambiental certificado por auditoria independente, elaborar relatórios sobre pegada climática e sustentabilidade e disponibilizar as lições aprendidas a futuros anfitriões da cúpula. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.