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24/Sep/2025

Clima: período mais úmido entre outubro e novembro

Embora a primavera tenha começado no dia 22 de setembro, com temporais em algumas áreas da Região Sudeste, a expectativa dos meteorologistas é que o chamado período úmido se instale definitivamente entre outubro e novembro. De acordo com a Tempo OK, as tempestades já neste início de primavera mostram que a convecção da Amazônia, fenômeno que favorece as chuvas, está ativa até antes do que nos anos anteriores. E a precipitação no Brasil começa justamente pelas pancadas de chuva na Amazônia e, posteriormente, a umidade espalha pelo País, favorecendo o retorno das precipitações sobre os vários subsistemas. Porém, principalmente em novembro, as chuvas podem se concentrar especialmente nas Regiões Norte e Nordeste, colocando em dúvida a quantidade de água que pode chegar aos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste, que respondem por 70% da capacidade de armazenamento das hidrelétricas. A questão é que o Oceano Pacífico está em processo de resfriamento com a formação de um fenômeno La Niña.

Embora o fenômeno seja fraco, ele poderá deslocar a chuva ainda mais para norte e fazer com que as cabeceiras do Subsistema Sudeste recebam pouca chuva. Visão semelhante têm a Nottus. Logo nos primeiros dias da nova estação devem ocorrer pancadas de chuva mais ao Sul, mas com elas se espalhando em outubro. Logo nos primeiros dias esse sistema vai ser importante. Novembro pode ser um mês mais chuvoso, principalmente com a intensificação no eixo Sudeste-Norte, com a expectativa de volumes acima da média em boa parte do território. Em dezembro devem ocorrer acumulados expressivos desde a Região Sudeste até a Região Norte do País, além de registros importantes na Região Sul. Um dos principais destaques deste final de ano é a possibilidade de configuração de um fenômeno La Niña, que empurra as chuvas mais para o Norte do País.

A agência norte-americana National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) estimou em 71% a possibilidade de se formar um La Niña entre outubro e dezembro deste ano. Apesar da possibilidade de ocorrência de um La Niña, não há risco de estiagem prolongada na Região Sul do País. Contudo, a avaliação neste momento é que também não devem ocorrer ondas de calor intensas, como observadas em anos anteriores, o que poderia puxar para cima o consumo de energia. Claro que em alguns momentos deve fazer calor, mas serão picos de calor com curta duração, intercalados por episódios de alguma chuva. Segundo a Tempo OK, o fenômeno aumenta a frequência de frentes frias e massas de ar frio, derrubando a temperatura. Isso não quer dizer que não haverá dias quentes, mas a sequência de calor será mais curta que no ano passado. Contudo, para o verão há ainda uma avaliação sobre a dissipação do La Niña, o que poderia deixar o calor mais duradouro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.