ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

23/Sep/2025

COP30: propostas do setor privado para meta climática

Um grupo de empresas de mais 60 países entrega ao presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, hoje, em Nova York, um conjunto de 23 propostas de implementação e aceleração das metas climáticas. A coalizão, chamada Sustainable Business COP (SB COP), conta com quase 40 milhões de companhias e tem como objetivo fortalecer o papel do setor privado nas negociações globais sobre clima.

"Sabemos que o setor privado tem um papel imprescindível na transição global para uma economia de baixo carbono, e a articulação junto a esses tomadores de decisão é o coração da SB COP”, afirmou em nota o Chair da SB COP, Ricardo Mussa. "Em um contexto marcado por polarização e incertezas, a iniciativa reforça o valor do diálogo e da ação coletiva", afirma. Segundo ele, a agenda mira escala e previsibilidade. A COP30 é conhecida como a conferência da implementação, visto que a maioria das decisões necessárias para o cumprimento das metas do Acordo de Paris já foram tomadas.

Na COP29, no Azerbaijão, a conferência definiu que são necessários US$ 1,3 trilhão para cumprir a meta de limitação do aquecimento médio do planeta a 1,5ºC. Na COP30, a expectativa é definir de onde virão esses recursos, como e onde serão aplicados a partir de prioridades. No documento, a SB COP estabeleceu algumas prioridades, com base em cinco objetivos que guiam toda a iniciativa. São elas: acelerar a transição energética, em linha com a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5ºC; promover apoio financeiro para enfrentar a crise climática, possibilitando crescimento econômico compatível com a agenda climática; garantir uma transição justa, ampliando acesso à energia e ao saneamento básico por meio de infraestrutura urbana sustentável e capacitação de pessoas; fortalecer cadeias de valor sustentáveis, incorporando princípios de economia circular e bioeconomia globalmente, e reforçar a colaboração global, alinhando estruturas comuns para mercados de carbono e bioeconomia.

Uma das prioridades é triplicar a capacidade instalada de energia renovável até 2030. Para isso, a SB COP entende que é necessário incrementar a infraestrutura e adotar sistemas de armazenamento de energia, como o BESS (Battery Energy Storage System). Outra prioridade é buscar a convergência entre diferentes iniciativas como a COP e a conferência da biodiversidade. No documento, as lideranças da SB COP explicam que essa conexão pode ajudar a promover um planejamento integrado entre clima, natureza, ecossistemas e direitos humanos, alinhando planos nacionais, padronizando dados globais, métricas e relatórios sobre bioeconomia. Para definir as ambições e as propostas à COP30, a SB COP criou oito grupos de trabalho, compostos por executivos de empresas brasileiras e multinacionais. Cada grupo se dedicou a uma temática: transição energética; economia circular e materiais, bioeconomia; sistemas alimentares; soluções baseadas na natureza (NbS); cidades sustentáveis; finanças e investimentos para transição; empregos e habilidades verdes.

Entre as milhões de empresas brasileiras e estrangeiras que integram a SB COP, estão WEG, Ambipar, Schneider Electric, Rhodia, Solvay Group, MRV, ExxonMobil, Ifood, Equinor, Tetrapak, Coca-Cola, Indorama Ventures, Natura, BASF, JBS, Bunge, Bayer, Sumitomo e Saint Gobain. O documento da SB COP será entregue durante o High-Level Event, realizado pela coalizão em parceria com a Bloomberg, durante a Semana do Clima de Nova York. A SB COP é uma iniciativa lançada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). "Essa coalizão é resultado do compromisso de longa data da CNI em enfrentar as mudanças climáticas", afirma Ricardo Alban, presidente do conselho empresarial da SB COP30 e da CNI. A indústria representa menos de 10% das emissões nacionais, segundo o Sistema de Registro Nacional de Emissões (Sirene). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.