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22/Sep/2025

Fundo Florestas Tropicais: Brasil será 1º a investir

O governo brasileiro vai apresentar o desenho final do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) na Semana do Clima de Nova York, que acontece de 21 a 28 de setembro. O objetivo é atrair investidores e governos para uma iniciativa que pode levantar até US$ 125 bilhões (cerca de R$ 664 bilhões). A expectativa é que o fundo já esteja operando na COP30 em Belém, em novembro. O Brasil deve aproveitar a ocasião e ser o primeiro país a anunciar um investimento no TFFF, com o valor de até R$ 7 bilhões. O anúncio visa incentivar outros países a fazerem o mesmo. Alemanha, Noruega e Reino Unido são considerados os principais candidatos para seguir o mesmo caminho. O TFFF destinará cerca de US$ 4 bilhões (aproximadamente R$ 21 bilhões) por ano para países com florestas tropicais, o equivalente a US$ 4 por hectare preservado.

Segundo o Ministério da Fazenda, esse valor foi calculado com base no custo de oportunidade de um fazendeiro de soja que opta por não desmatar. A maior parte dos recursos será direcionada a países emergentes. O fundo funcionará como um banco que realiza operações normais de mercado, mas direciona seus lucros para as florestas, e não para acionistas. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou a abordagem inovadora do TFFF em vários aspectos. Não é dinheiro de doação. Opera a partir de lógica de mercado, com alavancagem de recursos privados a partir de recursos públicos, algo em torno de US$ 4,00 para cada US$ 1,00 colocado pelos países. O mecanismo pode render ao Brasil um valor equivalente a até quatro vezes o orçamento do Ministério do Meio Ambiente se o desmatamento for zerado.

O fundo inclui uma cláusula de adesão que exige que todo país beneficiário repasse 20% do valor recebido para Povos Tradicionais. O Ministério dos Povos Indígenas, defende a medida como uma questão de justiça e eficiência. Esses povos empenham suas próprias vidas para proteger a floresta. Mais da metade dos defensores do meio ambiente assassinados no mundo são líderes indígenas. Além do Brasil, a comissão responsável pela criação do fundo conta com países como Alemanha, Emirados Árabes Unidos, França, Noruega e Reino Unido. Entre os países que podem receber os recursos estão Colômbia, Gana, Indonésia, Malásia e República Democrática do Congo. Fonte: Reuters. Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.